Ganhar o Pão Diário com Trabalho Honesto, Eis a
Ordem de Deus
Lucas 3.7-14
“7 João dizia às multidões que saíam para serem batizadas por ele:
"Raça de víboras! Quem lhes deu a ideia de fugir da ira que se aproxima? 8
Deem frutos que mostrem o arrependimento. E não
comecem a dizer a si mesmos: ‘Abraão é nosso pai’. Pois eu lhes digo que destas
pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão. 9 O machado já está posto à raiz das
árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao
fogo". 10 "O que devemos fazer então? ", perguntavam
as multidões. 11 João respondia: "Quem tem duas túnicas reparta-as
com quem não tem nenhuma; e quem tem comida faça o mesmo". 12 Alguns
publicanos também vieram para serem batizados. Eles perguntaram: "Mestre,
o que devemos fazer? 13 "Ele
respondeu: "Não cobrem nada além do que lhes foi estipulado". 14 Então
alguns soldados lhe perguntaram: "E nós, o que devemos fazer? " Ele
respondeu: "Não pratiquem extorsão nem acusem ninguém falsamente;
contentem-se com o seu salário".
Encontramos
aqui no texto do Evangelho, uma mensagem e exortação do SENHOR Deus aos que
exercem funções públicas. Observamos em destaque nos versículos 12 ao 14 do
capítulo 3 do Evangelho de Lucas, em epigrafe, que entre os que foram atingidos
em suas consciências pela pregação de João Batista e buscavam ser batizados, dois
grupos, cujas funções administrativas da época podem ser comparadas ao de
agentes públicos de nossos dias. Eram eles os publicanos e soldados. Tratava-se
de membros do povo da Aliança, mas que exerciam funções odiadas pelos demais
membro do povo judeu.
Conforme [i]William
Hendriksen, no seu Comentário do Novo Testamento, “‘os publicanos’ ou
‘Coletores de impostos’ ...” pagavam uma soma fixa de dinheiro ao governo
romano pelo privilégio de cobrar uma taxa sobre exportações e importações assim
como sobre qualquer mercadoria que passasse pela região.” Esses ainda podiam
“subarrendar seus direitos a ‘chefes de publicanos’ (Lc 19.2) que empregavam
‘publicanos’ para fazerem as arrecadações. Estes cobravam enormes somas, o
máximo possível segundo as circunstâncias. E assim os publicanos tinham a
reputação de extorquidores.”
Ainda,
conforme [ii]Hendriksen,
O outro grupo, os soldados, “aqueles que estavam fazendo o serviço militar”
(literalmente), eram associados a atividade dos publicanos na cobrança de
impostos. Eles recorriam à tortura, para forçar os escravos a acusarem seus
senhores de darem declarações fraudulentas de seus bens. Fazendo assim,
conseguiam extorquir dos ricos, parte do dinheiro devido aos publicanos.
Pois bem, por que
aqueles homens procuraram João Batista, o que os incomodava? Novamente
recorremos as explicações de William Hendriksen. Como os demais grupos que
ouviram a pregação de João Batista, os publicanos e os soldados compreenderam
“que a verdadeira conversão implica sempre em tristeza pelo pecado
(arrependimento) e abandono da antiga forma de vida.” A eles João Batista
respondeu taxativamente, que não deviam ganhar dinheiro desonestamente. Ora
cobrando acima do estipulado, caso dos publicanos, ou extorquindo e acusando
falsamente para auferir mais dinheiro, como faziam os soldados.
O ensino e
mandado de Deus é claro para todos os cidadãos capazes de uma nação. Tanto
contribuintes/eleitores, quanto os agentes públicos, sejam eles nomeados,
concursados, ou os que foram conduzidos pelo voto aos diversos cargos eletivos,
seja para os parlamentos (câmaras de vereadores, Assembleias Legislativas ou Congresso
Nacional), ou Governos (prefeituras, governos estaduais e Presidência da
República), todos devem exercer seus trabalhos honestamente.
Aos que estão sendo pegos em atos terríveis de corrupção, como vemos nas altas esferas dos governos, empresas públicas ou privadas, o caminho é o do arrependimento, submeterem-se as penas da lei, serem punidos conforme determina a Justiça, e mudarem de atitude. É como Deus ordena em Sua Palavra, conforme lemos em Efésios 4.28 “O que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom.”
Aos que estão sendo pegos em atos terríveis de corrupção, como vemos nas altas esferas dos governos, empresas públicas ou privadas, o caminho é o do arrependimento, submeterem-se as penas da lei, serem punidos conforme determina a Justiça, e mudarem de atitude. É como Deus ordena em Sua Palavra, conforme lemos em Efésios 4.28 “O que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom.”