quarta-feira, 29 de maio de 2019


 

 

 






[i]Esperando em Deus

O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.
−2 Pedro 3.9

ALGUMAS vezes Deus adia as respostas às orações. Ele não faz isso para destruir ou abandonar o seu povo. Pelo contrário, ele o faz para ser mais generoso ao cumprir suas promessas. Paulo nos diz que Deus “é capaz de fazer infinitamente mais do que do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós” (Ef 3.20). Portanto, Deus quer que sejamos pacientes durante a espera, convictos de que ele nos dará até mais do que prometeu.
A natureza humana nos faz tão perversos e excessivamente seguros de nós mesmos que desconfiamos das promessas de Deus e ignoramos suas ameaças. Porque a punição não chega imediatamente, não levamos suas advertências a sério. As pessoas insensatas ouvem que o pecado trará julgamento e punição, mas simplesmente não reagem dizendo: “isso não acontecerá por um longo tempo. Enquanto isso, eu queria ter muito dinheiro em que confiar”. Contudo, Deus deseja que temamos suas advertências e esperemos pelo cumprimento das suas promessas. É claro que isso só pode ser feito se tivermos fé.
As pessoas do mundo não dão a mínima importância para as advertências de Deus. Para elas, os avisos divinos são tão sérios quanto um ganso sibilando em seus ouvidos. Contudo, Deus é paciente. Ele adia o cumprimento tanto de suas promessas quanto de suas ameaças. Isso não significa que ele está mentindo. No fim, Deus punirá o perverso e dará bênçãos maiores e mais ricas ao fiel por causa da demora. Ele certamente virá.
Os ímpios não temem a Deus, não creem nele, não esperam nele e nem mesmo se importam com ele. Os cristãos, por outro lado, estão atentos às advertências de Deus e confiam em suas promessas.   



[i] Lutero, Martinho, 1483-1546. Somente a Fé: um ano com Lutero/Martinho Lutero; editado por James C. Calvin; traduzido por Meire Portes Santos. – 1. Ed. – Viçosa, MG: Ultimato, 2014, pg. 157.