[1]Texto: Lucas 2.1-7
[2]Leitura: Miquéias 5.2-4
Amada Congregação do Senhor,
Chegou o natal. Nesta semana milhões de famílias
se reunirão para comemorar o natal. Muitas mesas estarão fartas de comida e
bebida. Todos vestidos com roupas novas. Presentes serão dados e recebidos.
Porém, pouquíssimas famílias sabem o significado verdadeiro do natal.
Por quê?
Porque com o passar do tempo o Natal foi
transformado em um conto de fadas, em um momento supersticioso, em um momento
de comunhão horizontal, somente de homens com homens. Hoje se fala do “espírito
do Natal”; “a magia do Natal”, da árvore de Natal, da ceia de Natal, do peru do
Natal.
Mas, onde está a pessoa que dá sentido para o
natal?
Chegou o natal?
Onde está à mensagem de Jesus Cristo no natal de
hoje?
Precisamos ouvir a mensagem de Jesus, pois
chegou o natal. O natal que nos mostra que:
O Soberano
Deus cumpriu a Sua promessa: na cidade de Belém nasceu nosso Rei Eterno e Salvador. Esse é
o tema da nossa pregação.
Amados irmãos, a verdadeira história do natal se
encontra no Evangelho. O Evangelho que mostra a soberania de Deus agindo na
terra para executar Seu plano de salvação. Deus havia falado pelos profetas que
o Rei Salvador viria da de Judá, da descendência de Davi, nasceria na cidade de
Davi, a cidade de Belém de Judá. Por exemplo, o SENHOR usou o profeta Miquéias
e disse (Miquéias 5.2): “E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como
grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas
origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” O Rei
nasceria na humilde cidade de Belém. Essa foi a profecia. Foi o decreto de Deus
determinado.
Nada pode impedir o decreto do SENHOR. Chegou o
tempo certo, então, Deus que tem o coração dos reis em Suas mãos, fez que César
Augusto, Imperador do Império Romano, decretasse uma contagem do povo, um recenciamento
(veja o Lucas 2.1,2).
Por que esse recenciamento aconteceu?
Para que José e Maria chegassem até Belém (veja
os vs 3-5). Eles deveriam chegar a Belém, a cidade de Davi.
Então, logo que José e Maria chegaram a Belém,
se cumpriu a vontade soberana de Deus e a Sua promessa de Salvação. Pois diz o
evangelho (v. 6): “Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e
ela deu à luz o seu filho primogênito...”. Notem, “estando eles ali”, ou seja,
[em Belém]. Notem “ao completarem-se-lhe os dias”. Tudo estava acontecendo no
tempo certo. Maria deu “à luz ao seu filho primogênito”. O primeiro filho da
virgem. O descendente de Davi. O Rei Salvador prometido, nascido em Belém, para
reinar em Israel. O natal aconteceu. O Soberano Deus cumpriu a Sua promessa: na
cidade de Belém nasceu nosso Rei Salvador.
Agora, que contraste o evangelho nos mostra. O
Rei vindo de Deus para dominar até os confins da terra nasceu de modo humilde. Vejam
os vs. 7: “e ela [Maria] deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o
deitou numa manjedoura, por que não havia lugar para eles na hospedaria”.
O Rei nasceu em um estábulo.
A primeira roupa real foram faixas de pano.
O primeiro berço foi uma manjedoura (local onde
se coloca a comida dos animais).
O Rei não foi recebido por seu povo. “Não havia
lugar para eles na hospedaria”.
Que nascimento humilde teve Jesus.
Como isso pôde acontecer?
Como o Rei eterno, o Rei que dominará até os
confins da terra, pôde nascer de modo tão humilde?
O que esse natal do Rei eterno nos diz?
Esse natal humilde diz o que o Evangelho nos diz
(veja 2 Co 8.9): “pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que
sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos
tornásseis ricos”.
Por que o Rei eterno, sendo rico, se fez pobre?
Porque Ele amou a Sua Igreja.
Para que o Rei eterno, sendo rico, se fez pobre?
Para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos
da graça de Deus.
Glória somente ao nosso Rei eterno e Salvador,
Jesus Cristo!
O natal nos conta o amor gracioso do Deus
Soberano. O natal aconteceu (João 3.16): “porque Deus amou ao mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna”. O natal aconteceu por que Cristo Jesus quis conceder a
Sua graça salvadora a nós.
Você pode imaginar que mensagem de amor é o
Natal do Rei Jesus?
Foi o amor de Deus que fez o Rei eterno, Jesus
Cristo, nascer como um bebê pobre. Foi o amor de Jesus que fez ele se fazer
pobre para nos fazer rico. Foi o amor do Deus soberano que fez Jesus nascer
como um bebê pobre, para morrer como um homem maldito.
A morte de Jesus Cristo faz parte também da
mensagem do natal. Pois, a obra salvadora do Deus soberano não era para parar na
manjedoura. Não termina em Belém.
A obra salvadora que Deus planejou conduziu o
Filho de Belém para o Gólgota. O plano salvador que fez o Filho ser colocado na
manjedoura visava colocar o Filho na cruz maldita do Gólgota.
A encarnação, a estrebaria, a manjedoura e as
faixas mostravam a humilhação do Filho. Mas, na cruz a humilhação e pobreza de
Jesus chegaram ao seu ponto mais alto.
Notem que Jesus nasceu e foi envolto em uma
faixa. No nascimento, que aconteceu a noite, apareceram anjos e a glória do
Senhor brilhou diante de pastores no campo, louvores foram ouvidos no céu.
Mas, qual a cena no Gólgota?
Os anjos estavam calados. A ira de Deus se
mostrou em trevas que escurecera o dia. O Rei estava nu na cruz. Nem uma faixa
tinha para cobrir seu corpo fragilizado. Jesus estava morrendo como um homem
maldito, ferido de Deus, o homem que carregava sobre si a culpa do pecado do
Seu povo. O homem que provava a Ira de Deus contra os nossos pecados. O homem
que morreu para nos salvar da condenação e nos dar a vida eterna. Essa é a cena
que se via no Gólgota, na hora da crucificação, na morte do Rei Eterno, Jesus
Cristo. Humilhação maior que no nascimento. Porém, o Evangelho nos conta que o mesmo
homem ressuscitou ao terceiro dia!
Jesus ressuscitou em glória, venceu a morte. O
mesmo homem que ressuscitou subiu ao céu e, como Cristo, está à direita de Deus
Pai nas alturas.
Esse Rei Glorioso nos concedeu o Seu Espírito e
está conosco até a consumação dos séculos. Esse mesmo Rei eterno e Salvador
está cumprindo a promessa do Soberano Deus. Hoje Ele está enviando seus
mensageiros por toda a terra, mostrando a Sua glória no evangelho. Jesus Cristo
tem salvado de todas as nações homens, mulheres, jovens e velhos, adultos e
crianças. Jesus Cristo como Deus Soberano, tem revelado ao mundo o evangelho do
Seu natal, da sua morte, da sua ressurreição, da sua ascensão e da Sua volta
gloriosa. Pois, o Deus soberano cumpriu a Sua promessa de Salvação: Ele nos
enviou Jesus Cristo, nosso Rei eterno e Salvador.
Conclusão:
Será que o natal de hoje conta a você e a seus
filhos o evangelho que ouvimos nessa pregação?
Não conta.
O natal que vemos na mídia, nas lojas, nas
escolas retira Deus de cena. Nada de um Deus soberano que comanda o mundo e que
dirigiu todas as coisas para que o Rei Eterno e Salvador chegasse. Nada de um
Deus de amor e fiel no cumprimento na promessa de salvação. Nada da mensagem do
Rei Eterno e Salvador, Jesus Cristo.
O natal de hoje não é natal de verdade. É puro
paganismo, puro humanismo e puro materialismo. É uma obra do diabo para afastar
dos ouvidos dos pecadores o evangelho de Cristo.
As igrejas de Cristo devem desmascarar o falso
natal. Elas devem aproveitar essa época do ano para proclamar o verdadeiro
natal. Proclamarem a mensagem do amor do Deus Soberano que enviou o Rei Eterno
e Salvador, Jesus Cristo.
A igreja cristã precisa aproveitar esse tempo
para chamar os homens ao arrependimento e fé no Rei Eterno, Jesus Cristo. “O
Rei que nasceu para nos salvar de nossos pecados e ser engrandecido até aos
confins da terra”.
A igreja cristã também tem a oportunidade de
meditar de modo especial no amor de Deus e na esperança vindoura. Pois, Jesus
Cristo, Aquele que nasceu como um bebê pobre é o mesmo que está comandando a história
da humanidade na terra. Todas as coisas cooperam para o nosso bem e salvação.
Jesus está em Glória reinando em nosso favor. Então, posso me consolar que nada
pode me afastar do amor de Deus que está em Cristo Jesus. Posso viver cada dia
do ano consolado em Cristo Jesus. Não temo o futuro. O nosso futuro, por causa
de Cristo, é somente glória. Pois, o Filho de Deus já sofreu toda humilhação em
meu lugar e agora esperamos o Dia da glória de Cristo.
O Rei Eterno e Glorioso está vindo nos buscar. Receberemos
corpos ressuscitados em glória, possuiremos a plenitude das riquezas que Jesus
conquistou para nós. Sentaremos com Jesus em uma grande mesa, para celebraremos
com Ele em uma Ceia. Não uma ceia de natal. Mas, a Ceia da Festa das Bodas do
Cordeiro.
Essa esperança em Cristo Jesus é que cada natal,
é um feliz natal para a igreja. Pois, sem a verdadeira fé em Cristo Jesus não
há feliz natal. Por isso, somente a igreja de Cristo, somente aqueles que estão
em Cristo pela verdadeira fé, tem um feliz natal e podem celebrar o nascimento
de Cristo Jesus.
Por quê?
Porque somente quem, pela graça de Deus e pela
fé, tem Jesus Cristo como Rei Eterno e Salvador, goza da felicidade eterna que
é garantida pelo Deus soberano que nos deu o Rei eterno e salvador, Jesus
Cristo. Amém.
Sermão preparado pelo Rev. Adriano Gama
para ser pregado no domingo que antecede o Natal.
[1] Lucas
2.1 Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se.
2.1 Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se.
2.2
Este, o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da
Síria.
2.3
Todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.
2.4
José também subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, à cidade de
Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi,
2.5
a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.
2.6
Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias,
2.7
e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura,
porque não havia lugar para eles na hospedaria.
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5.2
E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá,
de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os
tempos antigos, desde os dias da eternidade.
5.3
Portanto, o SENHOR os entregará até ao tempo em que a que está em dores tiver
dado à luz; então, o restante de seus irmãos voltará aos filhos de Israel.
5.4
Ele se manterá firme e apascentará o povo na força do SENHOR, na majestade do
nome do SENHOR, seu Deus; e eles habitarão seguros, porque, agora, será ele
engrandecido até aos confins da terra.