segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

A Mensagem Verdadeira do Verdadeiro Sentido e Propósito do Natal do Salvador e Senhor Jesus Cristo


[1]Texto: Lucas 2.1-7
[2]Leitura: Miquéias 5.2-4

Amada Congregação do Senhor,

Chegou o natal. Nesta semana milhões de famílias se reunirão para comemorar o natal. Muitas mesas estarão fartas de comida e bebida. Todos vestidos com roupas novas. Presentes serão dados e recebidos. Porém, pouquíssimas famílias sabem o significado verdadeiro do natal.
Por quê?
Porque com o passar do tempo o Natal foi transformado em um conto de fadas, em um momento supersticioso, em um momento de comunhão horizontal, somente de homens com homens. Hoje se fala do “espírito do Natal”; “a magia do Natal”, da árvore de Natal, da ceia de Natal, do peru do Natal.
Mas, onde está a pessoa que dá sentido para o natal?
Chegou o natal?
Onde está à mensagem de Jesus Cristo no natal de hoje?
Precisamos ouvir a mensagem de Jesus, pois chegou o natal. O natal que nos mostra que:
O Soberano Deus cumpriu a Sua promessa: na cidade de Belém nasceu nosso Rei Eterno e Salvador. Esse é o tema da nossa pregação.

Amados irmãos, a verdadeira história do natal se encontra no Evangelho. O Evangelho que mostra a soberania de Deus agindo na terra para executar Seu plano de salvação. Deus havia falado pelos profetas que o Rei Salvador viria da de Judá, da descendência de Davi, nasceria na cidade de Davi, a cidade de Belém de Judá. Por exemplo, o SENHOR usou o profeta Miquéias e disse (Miquéias 5.2): “E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” O Rei nasceria na humilde cidade de Belém. Essa foi a profecia. Foi o decreto de Deus determinado.
Nada pode impedir o decreto do SENHOR. Chegou o tempo certo, então, Deus que tem o coração dos reis em Suas mãos, fez que César Augusto, Imperador do Império Romano, decretasse uma contagem do povo, um recenciamento (veja o Lucas 2.1,2).
Por que esse recenciamento aconteceu?
Para que José e Maria chegassem até Belém (veja os vs 3-5). Eles deveriam chegar a Belém, a cidade de Davi.
Então, logo que José e Maria chegaram a Belém, se cumpriu a vontade soberana de Deus e a Sua promessa de Salvação. Pois diz o evangelho (v. 6): “Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito...”. Notem, “estando eles ali”, ou seja, [em Belém]. Notem “ao completarem-se-lhe os dias”. Tudo estava acontecendo no tempo certo. Maria deu “à luz ao seu filho primogênito”. O primeiro filho da virgem. O descendente de Davi. O Rei Salvador prometido, nascido em Belém, para reinar em Israel. O natal aconteceu. O Soberano Deus cumpriu a Sua promessa: na cidade de Belém nasceu nosso Rei Salvador.
Agora, que contraste o evangelho nos mostra. O Rei vindo de Deus para dominar até os confins da terra nasceu de modo humilde. Vejam os vs. 7: “e ela [Maria] deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, por que não havia lugar para eles na hospedaria”.
O Rei nasceu em um estábulo.
A primeira roupa real foram faixas de pano.
O primeiro berço foi uma manjedoura (local onde se coloca a comida dos animais).
O Rei não foi recebido por seu povo. “Não havia lugar para eles na hospedaria”.
Que nascimento humilde teve Jesus.
Como isso pôde acontecer?
Como o Rei eterno, o Rei que dominará até os confins da terra, pôde nascer de modo tão humilde?
O que esse natal do Rei eterno nos diz?
Esse natal humilde diz o que o Evangelho nos diz (veja 2 Co 8.9): “pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos”.
Por que o Rei eterno, sendo rico, se fez pobre?
Porque Ele amou a Sua Igreja.
Para que o Rei eterno, sendo rico, se fez pobre?
Para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos da graça de Deus.
Glória somente ao nosso Rei eterno e Salvador, Jesus Cristo!
O natal nos conta o amor gracioso do Deus Soberano. O natal aconteceu (João 3.16): “porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O natal aconteceu por que Cristo Jesus quis conceder a Sua graça salvadora a nós.
Você pode imaginar que mensagem de amor é o Natal do Rei Jesus?
Foi o amor de Deus que fez o Rei eterno, Jesus Cristo, nascer como um bebê pobre. Foi o amor de Jesus que fez ele se fazer pobre para nos fazer rico. Foi o amor do Deus soberano que fez Jesus nascer como um bebê pobre, para morrer como um homem maldito.
A morte de Jesus Cristo faz parte também da mensagem do natal. Pois, a obra salvadora do Deus soberano não era para parar na manjedoura. Não termina em Belém.
A obra salvadora que Deus planejou conduziu o Filho de Belém para o Gólgota. O plano salvador que fez o Filho ser colocado na manjedoura visava colocar o Filho na cruz maldita do Gólgota.
A encarnação, a estrebaria, a manjedoura e as faixas mostravam a humilhação do Filho. Mas, na cruz a humilhação e pobreza de Jesus chegaram ao seu ponto mais alto.
Notem que Jesus nasceu e foi envolto em uma faixa. No nascimento, que aconteceu a noite, apareceram anjos e a glória do Senhor brilhou diante de pastores no campo, louvores foram ouvidos no céu.
Mas, qual a cena no Gólgota?
Os anjos estavam calados. A ira de Deus se mostrou em trevas que escurecera o dia. O Rei estava nu na cruz. Nem uma faixa tinha para cobrir seu corpo fragilizado. Jesus estava morrendo como um homem maldito, ferido de Deus, o homem que carregava sobre si a culpa do pecado do Seu povo. O homem que provava a Ira de Deus contra os nossos pecados. O homem que morreu para nos salvar da condenação e nos dar a vida eterna. Essa é a cena que se via no Gólgota, na hora da crucificação, na morte do Rei Eterno, Jesus Cristo. Humilhação maior que no nascimento. Porém, o Evangelho nos conta que o mesmo homem ressuscitou ao terceiro dia!
Jesus ressuscitou em glória, venceu a morte. O mesmo homem que ressuscitou subiu ao céu e, como Cristo, está à direita de Deus Pai nas alturas.
Esse Rei Glorioso nos concedeu o Seu Espírito e está conosco até a consumação dos séculos. Esse mesmo Rei eterno e Salvador está cumprindo a promessa do Soberano Deus. Hoje Ele está enviando seus mensageiros por toda a terra, mostrando a Sua glória no evangelho. Jesus Cristo tem salvado de todas as nações homens, mulheres, jovens e velhos, adultos e crianças. Jesus Cristo como Deus Soberano, tem revelado ao mundo o evangelho do Seu natal, da sua morte, da sua ressurreição, da sua ascensão e da Sua volta gloriosa. Pois, o Deus soberano cumpriu a Sua promessa de Salvação: Ele nos enviou Jesus Cristo, nosso Rei eterno e Salvador.

Conclusão:

Será que o natal de hoje conta a você e a seus filhos o evangelho que ouvimos nessa pregação?
Não conta.
O natal que vemos na mídia, nas lojas, nas escolas retira Deus de cena. Nada de um Deus soberano que comanda o mundo e que dirigiu todas as coisas para que o Rei Eterno e Salvador chegasse. Nada de um Deus de amor e fiel no cumprimento na promessa de salvação. Nada da mensagem do Rei Eterno e Salvador, Jesus Cristo.
O natal de hoje não é natal de verdade. É puro paganismo, puro humanismo e puro materialismo. É uma obra do diabo para afastar dos ouvidos dos pecadores o evangelho de Cristo.
As igrejas de Cristo devem desmascarar o falso natal. Elas devem aproveitar essa época do ano para proclamar o verdadeiro natal. Proclamarem a mensagem do amor do Deus Soberano que enviou o Rei Eterno e Salvador, Jesus Cristo.
A igreja cristã precisa aproveitar esse tempo para chamar os homens ao arrependimento e fé no Rei Eterno, Jesus Cristo. “O Rei que nasceu para nos salvar de nossos pecados e ser engrandecido até aos confins da terra”.
A igreja cristã também tem a oportunidade de meditar de modo especial no amor de Deus e na esperança vindoura. Pois, Jesus Cristo, Aquele que nasceu como um bebê pobre é o mesmo que está comandando a história da humanidade na terra. Todas as coisas cooperam para o nosso bem e salvação. Jesus está em Glória reinando em nosso favor. Então, posso me consolar que nada pode me afastar do amor de Deus que está em Cristo Jesus. Posso viver cada dia do ano consolado em Cristo Jesus. Não temo o futuro. O nosso futuro, por causa de Cristo, é somente glória. Pois, o Filho de Deus já sofreu toda humilhação em meu lugar e agora esperamos o Dia da glória de Cristo.
O Rei Eterno e Glorioso está vindo nos buscar. Receberemos corpos ressuscitados em glória, possuiremos a plenitude das riquezas que Jesus conquistou para nós. Sentaremos com Jesus em uma grande mesa, para celebraremos com Ele em uma Ceia. Não uma ceia de natal. Mas, a Ceia da Festa das Bodas do Cordeiro.
Essa esperança em Cristo Jesus é que cada natal, é um feliz natal para a igreja. Pois, sem a verdadeira fé em Cristo Jesus não há feliz natal. Por isso, somente a igreja de Cristo, somente aqueles que estão em Cristo pela verdadeira fé, tem um feliz natal e podem celebrar o nascimento de Cristo Jesus.
Por quê?
Porque somente quem, pela graça de Deus e pela fé, tem Jesus Cristo como Rei Eterno e Salvador, goza da felicidade eterna que é garantida pelo Deus soberano que nos deu o Rei eterno e salvador, Jesus Cristo. Amém.

Sermão preparado pelo Rev. Adriano Gama para ser pregado no domingo que antecede o Natal.



[1] Lucas

2.1   Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se.

2.2   Este, o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da Síria.

2.3   Todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.

2.4   José também subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi,

2.5   a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.

2.6   Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias,

2.7   e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.
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[2] Miquéias

5.2   E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.

5.3   Portanto, o SENHOR os entregará até ao tempo em que a que está em dores tiver dado à luz; então, o restante de seus irmãos voltará aos filhos de Israel.

5.4   Ele se manterá firme e apascentará o povo na força do SENHOR, na majestade do nome do SENHOR, seu Deus; e eles habitarão seguros, porque, agora, será ele engrandecido até aos confins da terra.

domingo, 9 de dezembro de 2012

A Mensagem do Verdadeiro Natal - Jesus o Salvador do Seu Povo


[1]Leitura: Mateus 1.1-25
Texto: Mateus 1.21

Amada Congregação do Senhor Jesus Cristo,

   Não estamos ouvindo o nome “Jesus” nas propagandas de natal. Temos ouvido muito sobre Árvore de Natal, Papai Noel, renas, trenó, presentes, compras. O nome “Jesus” tem sumido no Natal.
Por que o mundo usa o nome “natal” se não fala do nome “Jesus”?
Nós precisamos discernir os tempos. Nossos filhos assistem televisão, vão a lojas, na escola estão vendo nas paredes e nos livros imagens do natal de Noel. Mas, praticamente, nada do nome Jesus!
Nessa época de um natal sem Jesus, precisamos ouvir como aconteceu o natal e o valor do nome de Jesus para o natal. Necessitamos ouvir a mensagem de Deus. Por isso, ouça o Evangelho de Cristo no seguinte tema:

Jesus será o nome do Salvador que nascerá

Não foi o mundo que inventou uma estória (com “e”, ou seja, um conto) chamada natal. Foi o Espírito Santo que nos revelou a verdadeira história do natal. Por isso, se desejamos aprender sobre o natal do Salvador, então, precisamos ler o Evangelho.
Veja o v. 18: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim...”. A nossa fé sobre o nascimento de Jesus se fundamenta na Escritura. O natal “foi assim...”, Assim como?
O Filho de Deus teve uma mãe (v. 18). Uma mãe? Sim. Como você precisou de uma mãe para nascer, assim também o Filho de Deus. Ele teve uma mãe de verdade. Dela Ele recebeu a natureza humana. A carne, o sangue e os ossos. A alma humana. Esses elementos o Filho de Deus recebeu de Sua mãe.
O Espírito não nega que Maria era a mãe de Jesus. O Espírito até faz questão de destacar isto: (veja o v. 18): “... estando Maria, sua mãe,...”. Então, diminuir a maternidade de Maria não é conforme o evangelho. Pois, Jesus tinha Maria por mãe – assim diz o Espírito Santo.
O Filho de Deus teve uma família cujo cabeça era um homem. Maria tinha um esposo (v. 18). Maria foi desposada com José. José e Maria já estavam casados no papel. Assim, Maria tinha um marido chamado José.
O casal, Maria e José, estavam casados no papel somente. Maria e José não haviam ainda consumado o casamento. Eles não estavam morando juntos e nem dormindo juntos no quarto deles. O texto nos diz: “... sem que tivessem antes coabitado,...” – diz Espírito.
O nascimento do Filho de Deus não foi fruto da união conjugal de Maria e José. Além de José não ter coabitado com Maria, o Espírito diz: “... Maria..., achou-se grávida pelo Espírito Santo.” Maria ficou grávida. Mas, não de José. Maria pelo Espírito Santo estava grávida – diz o Evangelho. A virgem Maria pelo do poder do Espírito Santo concebeu, ficou grávida. O nascimento do Filho de Deus foi assim – um milagre, sobrenatural.
O nascimento do Filho de Deus quase acabou o casamento de José e Maria (o v.19). José não sabia como Maria ficara grávida. José sabia que a criança não era dele. Então, o justo José, resolveu dar uma carta de divórcio a Maria (conforme Deuteronômio 24.1,3). Essa carta de divórcio preservaria a imagem de Maria. Um justo homem de Deus não difama.
Mas, José se divorciou?
Não. O SENHOR Deus preservou o casamento de José com Maria. O SENHOR Deus interviu. Ele deu uma revelação a José para fazer seu servo entender o que acontecera. Em sonho José viu um anjo do Senhor (v. 20).
A revelação do SENHOR tinha boas e maravilhosas notícias para José:
Primeiro, Maria não fora uma traidora. O anjo disse (v. 20): “... José não temas. Medo de quê? O anjo disse: “... receber Maria, tua mulher. “...”. O motivo para José não temer é dado pelo anjo: “... porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo.” Maria não traiu os votos de casamento feitos a José. A gravidez não é obra de nenhum homem. A gravidez é obra do Espírito. Isso mostra a humanidade e a divindade da criança. A criança é do Altíssimo Deus.
O testemunho do anjo do SENHOR é que a virgem Maria foi agraciada. Maria foi a primeira a saber da gravidez (Lucas 1.26-38). Maria mesmo reconheceu no seu cântico em Lucas 1.46-55. Maria compreendia que ela precisava de salvação (Lucas 1.47): “... o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador”. Maria reconheceu que não havia mérito nela. Ela reconheceu que era uma serva humilde (Lucas 1.48): “porque contemplou na humildade da sua serva”. Maria não se achava sem pecado, mas agraciada com a misericórdia de Deus. A salvação foi pela misericórdia de Deus (Lucas 1.49-55).
O justo José não tinha mais motivos para temer. Pelo contrário, José recebeu motivo para se alegrar. Maria, sua esposa, fora escolhida para ser a mãe do Salvador prometido. O Salvador chegou. O Filho de Deus já estava no ventre de Maria.
O anjo do SENHOR revelou mais sobre a criança. Maria esperava um menino (v.21). Não uma menina. Um menino. Um descendente. Isso nos lembra Gênesis 3.15 e outras profecias sobre o Salvador.
Agora, esse menino deveria receber um nome. Não seria José que daria o nome do menino. Mas, o Pai verdadeiro, o Altíssimo Deus, é quem deu o nome do Filho. Qual o nome foi escolhido pelo Pai para o Filho encarnado? O anjo do SENHOR disse: “... lhe porás o nome de Jesus, ...”. Não José Júnior. Não outro nome. Jesus será o nome no menino!
Por que esse nome?
O anjo disse o motivo (v. 21b): “... porque ele salvará o seu povo dos pecados deles...”. Um nome comum, mas que aponta para o Salvador Santo. O significado do nome é: “Jeová certamente salvará”.
Veja a importância do nome Jesus. O nome apontou quem era a criança. Jesus é o Salvador. O anjo disse: Ele salvará. Não há dúvida: Somente Ele é o Salvador. Quem Jesus salvará? O seu povo, a Sua igreja. De que Seu povo precisa de salvação? Dos pecados deles! Então, a mensagem do anjo foi muito clara, dizendo quem é Jesus e o que Ele fará em favor do Seu povo.
A Escritura não apresenta outro salvador além de Jesus. Se desejamos ser salvos não devemos buscar outro salvador. Somente um é o Salvador. Ele tem um nome: Jesus.
Esse Jesus é o filho de Maria. Ele veio salvar o Seu povo.  Um povo cheio de pecados. Morto em pecado. Escravizado pelo pecado. Deus fez uma virgem dar à luz para nos dar o Salvador.
O nascimento de Jesus foi assim. O natal nos foi revelado nesses textos. O natal verdadeiro que foi assim. Assim Deus nos quis salvar, dando-nos o Seu Filho, nascido de mulher, para ser o nosso único e suficiente Salvador. O SENHOR Deus assim quis e determinou (veja os vs. 22-23). A profecia de Isaías se cumpriu. A virgem deu à luz um menino. Deu à luz ao Emanuel (Deus conosco).
José foi tranquilizado pelas Palavras do Senhor (veja o vs. 24,25). José era um crente. Ele creu na Palavra do SENHOR. Ele, pela verdadeira fé, colocou seu coração debaixo da vontade de Deus. Ele não questionou Deus em nada. Pelo contrário, José recebeu Maria como sua esposa, não se divorciou. José, por causa do evangelho, se anulou como marido. José esperou o nascimento de Jesus, para viver com Maria a plena vida conjugal. Pois, Mateus diz (v. 25): “Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus”. Portanto, depois do nascimento de Jesus, José e Maria viveram a plena vida conjugal. Eles tiveram filhos e filhas normalmente (Mc 6.3). Maria foi virgem somente até o nascimento de Jesus.
O nascimento virginal de Jesus revela a fidelidade de Deus. O SENHOR Deus é fiel. Ele cumpriu a Sua palavra. O impossível aconteceu. A virgem deu à luz. Esse era o sinal. Não haveria como contestar. O Salvador e a salvação chegaram!

Conclusão:

A salvação está em Cristo Jesus. NEle temos a salvação de todos os nossos pecados. O nome dEle é Jesus, pois salvará o Seu povo dos pecados deles.
O menino que nasceu da virgem é Deus também. O menino é o Emanuel (quer dizer: Deus conosco). A encarnação não retirou a divindade do Filho. A encarnação revelou a divindade do Filho. Jesus é o Filho natural de Deus. Jesus é do Espírito de Deus. Jesus é o Deus conosco. O próprio Deus encarnou para nos salvar. O próprio Deus tomou a nossa natureza da virgem Maria para ser o nosso único Salvador.
O SENHOR Deus, em Cristo, veio nos reconciliar com Ele. Essa reconciliação foi possível por que Jesus Cristo tomou a nossa carne e o nosso pecado. Jesus, como homem, morreu e ressuscitou para salvar o Seu povo dos pecados deles. É uma tristeza quando ouvimos e vemos a mensagem do mundo sobre o natal. O mundo prega um natal sem o nome Jesus. Esse é um falso natal. A mensagem de natal deve estar centralizada no nome de Jesus. Pois, o nome Jesus fala da pessoa e da obra salvadora do Filho de Deus. A mensagem do natal é o próprio Jesus Cristo (Mt 1.18): “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim ...”. O natal sem Jesus Cristo é uma festa pagã abominável. Um natal sem Jesus é uma mentira de Satanás. É ilusão do maligno que quer a nossa perdição.
O diabo é o mais interessado em esconder que a virgem deu à luz ao Salvador. O diabo é o mais interessado de apagar do natal o nome de Jesus. Pois, quem foi que nasceu para esmagar a cabeça da Serpente? Foi Jesus. Foi Jesus que nasceu para derrotar o diabo na cruz. Jesus que é o único e suficiente Salvador do homem.
Então, por que deixarmos o nome de Jesus ser apagado do natal?
Por que não aproveitarmos o mês de dezembro para dizer como aconteceu o natal?
A igreja tem o privilégio de ouvir a mensagem do natal durante todo ano. Pois, a encarnação nos é lembrada nos domingos, em cada santa ceia e não somente no mês de dezembro. Mas, o mundo não tem esse privilégio. Então, a igreja tem a oportunidade para, no mês de dezembro, de modo especial, testemunhar ao mundo a verdade do natal, a verdade sobre o amor de Deus em Cristo revelado.
Amada igreja, temos o evangelho. Sabemos, pela graça de Deus, como aconteceu o nascimento de Jesus Cristo. Não devemos deixar a oportunidade passar, calando a boca no natal, fazendo de conta que o natal não existe. Existe sim o natal. É um fato. Se não aproveitarmos para falar a verdade. O diabo vai aproveitar. Se não usarmos esse tempo para falar o evangelho, então, o diabo aproveitará para promover a mentira.
Não deixemos de apresentar o alvo do nascimento do Filho de Deus: O Filho nasceu, pois Ele veio salvar pecadores. O filho nasceu para nossa salvação, a salvação do Seu povo dos pecados deles.
Não percamos a oportunidade para dizer que somente a Igreja pode se alegrar com o natal. Pois, a igreja prova um dos resultados do natal: o perdão de todos os pecados. Um perdão que não está em nós, mas em Cristo Jesus. Um perdão que não é nosso por obras nossas, mas porque Jesus morreu e ressuscitou para nos salvar.
Na época de natal não deixemos de nos alegrar com o evangelho. Pois, em Cristo Jesus tenho a certeza que todos os meus pecados foram perdoados. Esse evangelho é quem dá o sabor para minha vida, quem dá o sabor na minha mesa de natal. Sei que Jesus, através da fé verdadeira, concedeu-me perdão e justiça perfeita. Não somente a mim, mas a todo o povo dEle. Assim, a fé verdadeira me faz saborear o gosto do perdão que vem de Cristo Jesus, nosso Salvador perfeito.
Aproveitemos esse tempo, para nos alegrarmos no Deus que fez o impossível para nos salvar. O SENHOR Deus que fez uma virgem dar à luz. O SENHOR Deus de graça e amor, que nos deu o Seu Filho. O SENHOR Deus de graça e misericórdia que veio até nós, morar conosco. O SENHOR Deus que deu o nome Jesus ao Seu Filho, “porque ele salvará o seu povo dos pecados deles”. Amém.
Sermão preparado pelo Rev. Adriano Gama sobre Mateus 1.21



[1] Mateus

1.1   Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.

1.2   Abraão gerou a Isaque; Isaque, a Jacó; Jacó, a Judá e a seus irmãos;

1.3   Judá gerou de Tamar a Perez e a Zera; Perez gerou a Esrom; Esrom, a Arão;

1.4   Arão gerou a Aminadabe; Aminadabe, a Naassom; Naassom, a Salmom;

1.5   Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute, gerou a Obede; e Obede, a Jessé;

1.6   Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de Urias;

1.7   Salomão gerou a Roboão; Roboão, a Abias; Abias, a Asa;

1.8   Asa gerou a Josafá; Josafá, a Jorão; Jorão, a Uzias;

1.9   Uzias gerou a Jotão; Jotão, a Acaz; Acaz, a Ezequias;

1.10   Ezequias gerou a Manassés; Manassés, a Amom; Amom, a Josias;

1.11   Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia.

1.12   Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou a Salatiel; e Salatiel, a Zorobabel;

1.13   Zorobabel gerou a Abiúde; Abiúde, a Eliaquim; Eliaquim, a Azor;

1.14   Azor gerou a Sadoque; Sadoque, a Aquim; Aquim, a Eliúde;

1.15   Eliúde gerou a Eleazar; Eleazar, a Matã; Matã, a Jacó.

1.16   E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo.

1.17   De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze; desde Davi até ao exílio na Babilônia, catorze; e desde o exílio na Babilônia até Cristo, catorze.

1.18   Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo.

1.19   Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente.
1.20   Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo.

1.21   Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.

1.22   Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta:

1.23   Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco).

1.24   Despertado José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher.

1.25   Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O Natal do Salvador Jesus Cristo - Cumprimento da Promessa feita por Deus no Jardim do Éden



[1]Leitura: Gênesis 3.1-24
Texto: Gênesis 3.15

Amada congregação do Senhor Jesus e demais ouvintes,

Estamos no mês de dezembro. O mês onde tudo são luz e cores, presentes, palavras de fraternidade entre os homens. Dezembro é o mês que os cristãos comeram o Natal. Mas, no mês de dezembro, quem tem anunciado o natal?
Não tem sido a igreja cristã, mas o mundo anticristão. Por isso, o natal tem perdido o significado para a igreja e para o mundo. Porém, os cristãos não devem deixar o mundo dizer o que é o natal. A igreja tem um chamado para proclamar a verdade sobre o nascimento do Filho de Deus, Cristo Jesus.
O natal não é uma invenção do mundo. O natal é uma invenção de Deus. Foi Deus quem anunciou o natal. Por isso, a igreja cristã é quem deve ser a portadora da mensagem do natal. A igreja precisa dizer ao mundo o que a Escritura revela sobre o Natal. Por isso, nesse início de dezembro, ouçam as Boas Novas de Cristo no seguinte tema:

O SENHOR Deus prometeu ao mundo o natal do Salvador poderoso

O Salvador prometido dentro de um contexto de inimizade.
O Salvador nascido da mulher;
O Salvador que esmagaria a cabeça da serpente.
O Salvador que seria ferido para nos salvar.

A primeira pregação do evangelho se encontra em Gênesis 3.15. A primeira pregação do evangelho nos fala do natal. Porém, de um natal dentro de um contexto de trevas, de pecado, de morte e de maldição.
Falar de trevas, pecado e morte no natal? Sim. Pois, a promessa do Salvador veio depois da queda em pecado. Veio depois que homem se uniu ao diabo e pecou contra Deus. A mensagem do nascimento do Salvador foi pronunciada a um mundo que já provava à ira de Deus, que estava em morte espiritual, debaixo da maldição de Deus contra o pecado do homem. Foi nesse contexto de trevas, de pecado, de morte e de maldição que o Salvador foi prometido.
As luzes, as cores vivas no mês de dezembro não podem apagar e matar a verdade de Deus. O natal foi uma realidade, porque o homem pecou. O Salvador veio para salvar um povo para Deus. Sem a vinda do Salvador não haveria salvação. O natal do mundo não fala essa verdade.
Outra verdade sobre o natal que o mundo não fala é a verdade da inimizade. O SENHOR Deus disse à serpente: “Porei inimizade entre ti e a mulher. Entre a tua descendência e seu descendente”. Há uma inimizade claramente posta por Deus. Inimizade entre a igreja e o mundo caído. Inimizade posta por Deus entre Cristo e a velha serpente.
Segundo o mundo, falar de inimizade no natal é politicamente incorreto. Mas, não é. O natal fala de inimizade e de divisão. O SENHOR Deus, desde o Éden, dividiu o mundo por meio da inimizade posta entre o homem e satanás. A humanidade está dividida. No mundo há duas classes de pessoas somente. Os descendentes da mulher e os descendentes da serpente. Ou seja, os filhos de Deus e os filhos espirituais do diabo. Entre essas duas classes existe uma profunda inimizade. Por isso, o mundo odiou Cristo e sempre odiará a igreja. Pois, há inimizade entre Cristo e a serpente.
Veja como a mensagem do natal do mundo tenta apagar essa inimizade que foi criada por Deus no Éden. O natal de hoje quer unir a igreja ao mundo. Unir os cristãos aos pagãos. Unir as religiões em uma massa só. Mas, o ensino de Deus é: “Porei inimizade entre ti e a mulher. Entre a tua descendência e seu descendente”.
A mensagem de natal fala somente de um homem. Por quê? Porque a promessa fala de um descendente que nasceria da mulher. Então, tem um homem que é o centro da atenção no natal.
Quem é esse homem?
Não é o papai Noel. Papai Noel nem existe.
O homem centro do natal: É Cristo Jesus! Ele é o descendente da mulher. O descendente que foi prometido a Abraão. O descendente que, segundo a carne, pertence a família de Davi. O homem que nasceu do ventre da virgem Maria. Jesus é o nome do Salvador prometido. Pois, assim diz o evangelho em Mateus 1.21: “Ela [a virgem Maria] dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles”. Em parte o Espírito Santo diz (Gálatas 4.4,5): “... vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos”. Então, o Espírito revela que o descendente prometido em Gênesis 3.15 é Jesus Cristo.
Em Jesus Cristo recebemos a redenção do pecado e da maldição de Deus. Em Cristo Jesus recebemos o direito da adoção de filhos. Em Cristo Jesus recebemos o Espírito Santo e somos libertados do diabo e do pecado, pois, pela verdadeira fé, somos feitos filhos e herdeiros de Deus. Então, o homem Jesus é o centro da mensagem natalina. A obra de salvação de Jesus é a mensagem que torna o natal especial para o homem, especialmente, para a Igreja.
A mensagem do natal é uma mensagem de derrota. Falar de derrota no natal não é agradável. Mas, na mensagem do natal há uma promessa de derrota. Para quem? Para o diabo e o mundo. Pois, o SENHOR prometeu ao diabo e a descendência dele que: “Este, Jesus Cristo, te ferirá a cabeça”.
O natal é a chegada do homem que esmagou a cabeça da velha serpente. O natal faz parte da derrota do diabo e do mundo. A encarnação e o nascimento de Jesus mostraram sua vitória sobre o diabo e sobre o mundo caído. O diabo não conseguiu impedir a vinda do Salvador prometido. O mundo rebelde não conseguiu impedir que o menino nascesse. O menino nasceu. Um filho se nos deu. O Filho de Deus, o Salvador prometido, nasceu como verdadeiro homem.
O ministério de Jesus mostrou também seu poder sobre o império das trevas. Jesus venceu o diabo no deserto. Jesus com o seu poder expulsou demônios. Jesus resgatou famílias inteiras do domínio do diabo e do pecado. Por fim, Jesus triunfou na cruz sobre o diabo e sobre todo o império das trevas.
Agora, a mensagem de natal é também uma mensagem de sofrimento prometido ao Salvador prometido. O descendente nasceu para ser ferido também. O SENHOR Deus prometeu: “Porei inimizade entre ti e a mulher. Entre a tua descendência e seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”.
O natal não parou na manjedoura. O natal não aconteceu para fixar a nossa atenção em um bebê bonitinho. A mensagem do natal nos fala de uma vida de sofrimento também. A vida de sofrimento que teve o Salvador.
O Salvador que, por causa de nossos pecados, seria humilhado. A encarnação já era parte dessa humilhação. O prometido Salvador se esvaziou de Sua glória. O salvador nasceu como um pobre menino. A manjedoura fazia parte dessa humilhação. Toda vida de Jesus foi uma vida de humilhante sofrimento. Jesus teve que fugir para o Egito para não ser morto. Jesus durante sua vida sofreu com o pecado de seu povo. Jesus por fim sofreu o inferno de ser desamparado por Deus na cruz.
Todo sofrimento de Jesus estava proposto a Ele desde o Éden. Ele seria ferido no calcanhar. Mas, Jesus Cristo não se negou em ser ferido, para nos trazer a paz. Jesus Cristo, por pura graça e misericórdia, veio sofrer por nós. Essa mensagem aprendemos também no natal.
Mas, o sofrimento de Jesus não foi a sua derrota. Jesus venceu na cruz. A cruz foi a parte mais aguda do sofrimento de Cristo. Mas, a cruz não foi a derrota do Filho de Deus. Do alto da cruz Jesus exclamou: “Pai está consumado”.
A vontade de Deus para nossa salvação foi cumprida pelo Salvador Prometido. Jesus Cristo pagou o preço por todos os nossos pecados na cruz. Jesus tomou o nosso lugar debaixo da ira de Deus. A morte de Jesus foi o pagamento dado a Deus por nossos pecados. Mas, foi na cruz que Jesus despojou todo principado e potestade. Foi na cruz que Jesus expôs o diabo e as trevas ao ridículo. Na cruz Jesus Cristo trinfou sobre o diabo! Sendo assim, todo sofrimento que Jesus sofreu não o exterminou. Foi como um ferimento no calcanhar. Um ferimento no calcanhar dói, mas não é mortal.
O mortal é um o esmagamento da cabeça. Esse ferimento sofreu o diabo. Essa mensagem está no natal prometido em Gênesis 3.15. O Cristo vem para sofrer, mas esse sofrimento nos garante a nossa salvação.

Conclusão:

Vejam como é rica a mensagem do natal. Rica de consolo, de esperança, de vida e de luz para a Igreja. O natal não deve ser uma festa para o mundo, para a glória do homem. Uma festa sem Cristo e que prega a fraternidade entre os homens somente.
A mensagem do natal é a mensagem da graça de Deus. Pois, o Salvador nos foi prometido quando estávamos mortos, em trevas espirituais, na escravidão e debaixo da maldição. O SENHOR poderia nos destruir no Éden. Mas, Ele preferiu nos salvar através da morte e ressurreição de Seu amado Filho, Cristo Jesus. Então, o natal é, e traz a mensagem da graça de Deus em Cristo Jesus.
A mensagem do natal é uma mensagem escatológica. O nascimento faz parte do plano redentor de Deus. Esse plano começou a ser revelado na nossa queda em Adão. O nascimento do Filho fez parte do plano da salvação. Mas, o plano será consumado na vinda do SENHOR. Então, quando comemoramos o natal estamos com esperança na vinda do nosso amado Salvador.
Veja que somente a igreja de Cristo tem motivos de se alegrar e comemorar o nascimento do Senhor Jesus. Por isso, as igrejas reformadas lembram o natal. Elas não têm o natal como um dia santo. Mas, as igrejas de Cristo promovem, especialmente, em dezembro, a proclamação da Salvação que temos em Cristo Jesus, o nosso Salvador.
Se a igreja se cala nessa época, então, ela dá ao mundo a oportunidade do mundo ocultar a mensagem do natal. Se a igreja se cala nessa época, então, ela perde a oportunidade de dizer ao mundo: Que sem Cristo Jesus o natal não tem sentido.
Por quê?
Que sentido tem o natal se não sei por que Cristo Jesus nasceu?
Que sentido tem o natal se não reconheço meu estado de miséria e morte em Adão?
Que sentido tem o natal se eu não louvo o Cristo que veio, morreu e ressuscitou para minha salvação?
Que sentido tem um natal que não prega a vitória de Cristo sobre o diabo e o mundo caído?
Sendo assim:
Que sentido tem o banquete natalino para o mundo rebelde?
Quem disse que o mundo fora de Cristo Jesus tem motivos para festejar o natal?
A festa de natal não é para o mundo! Sem a verdadeira fé em Cristo o banquete tem sabor de morte. É como a última refeição de quem está no corredor da morte!
Por quê?
Saiba o mundo que Jesus Cristo não é uma ficção!
Jesus não é como o papai Noel.
Jesus não é mais uma criancinha numa manjedoura.
Jesus é um homem verdadeiro e adulto. Nesse momento Jesus está sentado à direita de Deus nas alturas. De lá Jesus vem para trazer a recompensa para todos os homens da terra, vivos e mortos, grandes e pequenos!
Essa recompensa será distribuída à igreja e ao mundo. A igreja a recompensa é o presente da Sua graça: a salvação eterna em corpo e alma. Jesus vem dar corpos incorruptíveis para aqueles que têm esperado somente dEle a salvação. Na volta de Jesus, plenamente, cumprir-se-á a promessa dada em Gênesis 3.15. Jesus Cristo glorificado glorificará os seus eleitos, esmagando debaixo de nossos pés a cabeça do diabo. Então, em corpos e alma festejaremos as consequências do natal de Jesus.
Porém para o mundo Jesus traz a recompensa da morte eterna em corpo e alma. Esse é o pleno salário do pecado. Assim, se cumprirá a mensagem de Gênesis 3.15. Pouco tempo resta para a derrota final de satanás e da descendência dele. Pouco tempo resta para o diabo e o mundo ser esmagado, despedaçado, pelo Filho de Deus. Por isso, é que a igreja deve ser urgente na proclamação do evangelho de Cristo. A igreja deve chamar o mundo ao arrependimento e a verdadeira fé. A igreja deve fazer isso, pois é a portadora da verdadeira mensagem do natal. O natal que nos foi prometido em Gênesis 3.15. O natal do Filho de Deus, o nosso prometido, único e suficiente Salvador. Amém.

Sermão preparado pelo Rev. Adriano Gama para preparação do Natal.




[1] Gênesis

3.1   Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?
3.2   Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer,
3.3   mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais.
3.4   Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis.
3.5   Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.
3.6   Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.
3.7   Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si.
3.8   Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.
3.9   E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?
3.10   Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi.
3.11   Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?
3.12   Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi.
3.13   Disse o SENHOR Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.
3.14   Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida.
3.15   Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
3.16   E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.
3.17   E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida.
3.18   Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo.
3.19   No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.
3.20   E deu o homem o nome de Eva a sua mulher, por ser a mãe de todos os seres humanos.
3.21   Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.
3.22   Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente.
3.23   O SENHOR Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado.
3.24   E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida.