[i]Esperando em Deus
O Senhor não demora em cumprir a sua
promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não
querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.
−2 Pedro 3.9
ALGUMAS vezes Deus adia as respostas às
orações. Ele não faz isso para destruir ou abandonar o seu povo. Pelo contrário, ele o faz para ser mais generoso ao cumprir suas
promessas. Paulo nos diz que Deus “é capaz de fazer infinitamente mais do que
do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em
nós” (Ef 3.20). Portanto, Deus quer que sejamos pacientes
durante a espera, convictos de que ele nos dará até mais do que prometeu.
A natureza humana nos faz tão perversos e excessivamente
seguros de nós mesmos que desconfiamos das promessas de Deus e ignoramos suas
ameaças. Porque a punição não chega imediatamente, não levamos suas
advertências a sério. As pessoas insensatas ouvem que o pecado trará julgamento
e punição, mas simplesmente não reagem dizendo: “isso não acontecerá por um
longo tempo. Enquanto isso, eu queria ter muito dinheiro em que confiar”. Contudo,
Deus deseja que temamos suas advertências e esperemos pelo cumprimento das suas
promessas. É claro que isso só pode ser feito se tivermos fé.
As pessoas do mundo não dão a mínima importância para as
advertências de Deus. Para elas, os avisos divinos são tão sérios quanto um
ganso sibilando em seus ouvidos. Contudo, Deus é paciente. Ele adia o
cumprimento tanto de suas promessas quanto de suas ameaças. Isso não significa que
ele está mentindo. No fim, Deus punirá o perverso e dará bênçãos maiores e mais
ricas ao fiel por causa da demora. Ele certamente virá.
Os ímpios não temem a Deus, não creem nele, não esperam
nele e nem mesmo se importam com ele. Os cristãos, por outro lado, estão
atentos às advertências de Deus e confiam em suas promessas.
[i] Lutero, Martinho, 1483-1546. Somente a Fé: um ano com Lutero/Martinho
Lutero; editado por James C. Calvin; traduzido por Meire Portes Santos. – 1. Ed.
– Viçosa, MG: Ultimato, 2014, pg. 157.