terça-feira, 5 de junho de 2018

Nossa Morte, Nossa Ressurreição e Nossa Vida Eterna - Paz e Felicidade em Jesus Cristo.


Leituras: Isaías 60; 1Coríntios 15.35-49; Lucas 23.39-43.

Texto: 
*Dia do Senhor 22

Introdução

Amados irmãos no Senhor, o autor de Eclesiastes escreveu as seguintes palavras em seu livro: “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem em consideração.” (Ec 7.2). Ou seja, ele está dizendo que a morte de alguém nos faz pensar no sentido da vida. Quando comparecemos ao funeral de alguém, nós terminamos pensando no nosso próprio funeral. Então, surgem algumas perguntas, tais como: O que vale apena nesse mundo? Como estou vivendo meus dias? Como será no dia da minha morte?

Entretanto, a morte não produz somente esse efeito em nós esse momento de reflexão sobre a vida. A morte também nos entristece diante da perda de pessoas. Ela tem a ver com lágrimas, com sentimento de vazio, com uma saudade que parece não ter fim. A morte encerra muitas coisas: Casamentos, amizades, posses e etc. Ela também traz insegurança para muitos quanto à vida futura, a vida “post mortem”. Portanto, a visão da morte produz efeitos tanto positivos quanto negativos.

O que não pode acontecer para nós, cristãos, é perdermos a esperança que possuímos em Cristo. O evangelho nos garante promessas maravilhosas, as quais nem mesmo temos condições de avaliar toda a amplitude dos seus efeitos atuais e vindouros em nossas vidas. Nós temos as promessas que nos trazem esperança diante da morte e do futuro que nos espera. É isso que o nosso catecismo no lembra no Domingo 22.

O Catecismo

Na pergunta e resposta 57, nós encontramos as seguintes verdades:

1. Que depois desta vida, isto é, com a nossa morte, a nossa alma será levada imediatamente para a presença de Cristo. Isso significa que nossa alma não ficará dormindo no pó da terra, junto com os nossos restos mortais, nem será aniquilada, e nem irá para um local chamado purgatório.
2. Que a nossa carne será ressuscitada no último dia pelo poder de Cristo. Isso vai acontecer independente de onde quer que estejam espalhadas as partículas do nosso corpo. Quando Cristo vier, nosso corpo será reestruturado novamente e será reunido à nossa alma.
3. Que o nosso corpo ressurreto será semelhante ao corpo ressuscitado e glorioso do nosso Senhor Jesus Cristo.

Na pergunta e resposta 58, nós temos as seguintes afirmações doutrinárias:

1. Que a alegria da vida eterna já pode ser sentida em nossos corações nesta atual vida. O cristão já tem alegria por ser salvo e por desfrutar da vida eterna. A vida eterna é algo que conquistamos no presente mundo.

         2. Que o pleno e definitivo gozo da vida eterna acontecerá com a volta de Cristo.



3. Que tudo aquilo que foi preparado para a nossa eternidade no mundo vindouro será uma bem-aventurança que os nossos sentidos jamais presenciaram. Portanto, não há como imaginarmos como serão os novos céus e a nova terra, pois o mundo vindouro será algo bem diferente da atual realidade que vivemos no presente tempo.
4. Que tudo isso será motivo de um grande e eterno louvor da nossa parte para com Deus.

Portanto, o Domingo 22 fala de coisas que já desfrutamos no presente tempo: A alegria de possuímos a vida eterna; e de coisas que desfrutaremos após a nossa morte: A nossa alma com Cristo, a nossa ressurreição e a nossa vida eterna. Todas essas realidades foram prometidas por Deus ao longo da história da redenção.

O assunto na história da redenção

É verdade que, quando lemos algumas passagens bíblicas onde pessoas do Antigo Testamento estão ser referindo à sua morte, nós percebemos certo ar de tristeza, como se tudo se acabasse com o seu falecimento. Por exemplo, observem as seguintes palavras de desalento do salmista que escreveu o Salmo 88 (versículos 10 a 12): “Mostrarás tu prodígios aos mortos ou os finados se levantarão para te louvar? Será referida a tua bondade na sepultura? A tua fidelidade, nos abismos? Acaso, nas trevas se manifestam as tuas maravilhas? E a tua justiça, na terra do esquecimento?”.

Contudo, isso não significa que não havia esperança de vida “post mortem” para essas pessoas. Quando procuramos entender mais especificamente o que os antigos entendiam sobre a sua morte, então fica claro que a queixa deles tinha a ver com o desejo de eles continuarem louvando a Deus ainda nessa vida, ou seja, de continuarem com seus corpos e almas unidos como sempre deveriam estar.

O antigo povo de Deus sabia que o corpo voltava ao pó e o espírito ia para Deus. Veja o que escreveu o rei Salomão no livro de Eclesiastes, quando falou da nossa morte (Ec
12.7): “e o pó volte à terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o deu”.

Também no antigo Israel já havia a esperança da ressurreição e da vida eterna. Novamente, escutem o que está escrito em Daniel 12.2: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno”.

É por causa dessa esperança que Davi escreveu as seguintes palavras no Salmo 23 (versículo 6): “Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do SENHOR para todo o sempre”.

Davi sabia que a vida do ser humano não se resumia aos poucos anos que ele tem aqui neste mundo. Havia algo a mais pela frente. Esse algo a mais pela frente foi mostrado claramente pelo profeta Isaías. Isaías falou de um mundo vindouro; ele falou de novos céus e nova terra; ele falou de tempos de paz; de renovação de todas as coisas; e de um estado permanente de coisas que será livre da corrupção do pecado.



Portanto, Deus tem nos ensinado em sua Palavra a confiarmos nessas grandes promessas, as quais foram reafirmadas pelo nosso Senhor Jesus. Cristo nos mostra, pelos evangelhos e pelos demais escritos apostólicos, que haverá sim a ressurreição dos corpos e a vida eterna. E que, enquanto esperam por isso, os crentes que hoje morrem alicerçados na fé cristã podem ter a certeza de que suas almas estarão ao lado do seu Mestre e Salvador.

As três Leituras

Agora vamos prestar atenção nas três leituras bíblicas que fizemos nesta manhã. Os textos que eu escolhi para este sermão tratam de alguns aspectos relacionados com essas três grandes verdades: Nossa alma com Deus depois da morte, nossa ressurreição e nossa vida eterna.

O primeiro texto que escolhi como nossa leitura inicial foi Isaías 60. Antes de considerarmos mais detidamente esse texto, pensemos primeiramente no conteúdo geral do livro de Isaías. Esse livro está cheio de palavras de condenação da parte de Deus em relação ao seu povo. Por meio do profeta Isaías, Deus aponta o pecado da sua igreja e anuncia seus castigos a um povo rebelde. Contudo, ele também tem palavras de salvação para os seus filhos. Ou seja, Deus diz que depois de castigar a sua igreja, haverá um tempo de renovação e de bênçãos eternas para ela.

Podemos ver um exemplo disso no capítulo anterior ao texto que lemos. Em Isaías 59, nós temos uma sentença condenatória da parte de Deus (v. 1-8). Em seguida, temos uma oração de confissão que se espera ouvir dos lábios de Israel (v. 9-15a). E, finalmente, temos palavras de salvação pronunciadas a um povo arrependido (v. 15b-
21). É claro que essa confissão e essa salvação ainda são coisas futuras, pois o Israel do tempo de Isaías ainda era uma nação rebelde.

Mas, quando houver esse tempo de salvação vinda da parte de Deus, quando o SENHOR enviar o Redentor para salvar o seu povo, então todas as bênçãos da salvação se concretizarão de modo definitivo para o Israel de Deus. E é ai que encontramos o texto de Isaías 60. Esse texto fala claramente de coisas futuras. Ele fala da realidade da nova Jerusalém. E quando falamos da nova Jerusalém, estamos falando do futuro do povo de Deus, estamos falando de vida eterna.

Observem o que está escrito no capítulo 60 de Isaías:

1. Os versículos 1 e 2 falam que a luz da glória de Deus virá sobre o povo de Deus que habita em Jerusalém. Essa glória celestial irá afastar definitivamente as trevas do pecado, a escuridão da maldade e da rebeldia humana que há na terra.

2. Os versículos 3 a 17 mostram a vinda das nações para a nova Jerusalém. O texto traz uma pequena lista de nações pagãs que viajarão até a cidade santa, trazendo os filhos de Deus que estavam espalhados entre os povos. Essas nações também trarão suas riquezas para edificar e embelezar a cidade santa. Isaías usa várias descrições simbólicas para anunciar a vinda das nações.


3. Os versículos 18 a 22 descrevem mudanças que ocorreram nesse novo mundo: (a) Nunca mais haverá violência, nem desolação e nem ruinas; (b) Nunca mais o sol e a lua servirão para iluminar a cidade santa, pois o próprio SENHOR será a sua luz perpétua; (c) Nunca mais haverá trevas sobre o povo de Deus; (d) Todas as pessoas que estarão nesse novo mundo serão justas, e herdarão definitivamente a terra; (e) Todos naquele tempo serão como plantas que foram semeadas para a glória de Deus.

Então, como podemos ver, esse texto fala de um novo mundo; um mundo restaurado por Deus; um mundo que fará parte das bem-aventuranças que Deus preparou para o destino eterno daqueles que o temem. Isso nos mostra que o SENHOR já tinha anunciado uma mensagem de salvação eterna deste os tempos da antiga aliança. Mas, infelizmente, a maioria das pessoas do tempo do profeta Isaías não se importou com esse anúncio profético. Eles continuaram em sua rebeldia e sofreram os juízos de Deus que vieram pelas mãos dos assírios e dos babilônios.

Todavia, Deus sempre preservou um pequeno remanescente do seu povo; um remanescente eleito para a vida eterna. E quanto, o Messias veio a este mundo para tornar possível todas aquelas promessas, esse remanescente fiel confiou em sua mensagem de salvação. Ele é um remanescente fiel que está sendo formado por pessoas de várias nações. Portanto, já nesta vida, podemos ver as nações caminhando em direção à nova Jerusalém. E, no futuro, essas pessoas verão com seus próprios olhos tudo aquilo que foi profetizado por Isaías, quando este falou da nova Jerusalém.

A segunda leitura bíblica dessa manhã foi feita em 1Coríntios 15.35-49. Nesse texto, nós encontramos um extrato do ensinamento do apóstolo Paulo a respeito da ressurreição do povo de Deus. Digo que é um apenas um extrato porque praticamente todo o capítulo 15 fala desse assunto.

Observem que, nesse texto, Paulo descreve a natureza dos corpos que serão ressuscitados pelo Senhor. Ele disse que haverá certa continuidade entre o velho corpo e novo corpo. Ou seja, o corpo que será ressuscitado será o mesmo corpo que temos agora. Porém, ele adquirirá novas características físicas. Esse corpo ressurreto será incorruptível; ele não será fraco; não será um corpo afetado pelo pecado; ele será um corpo espiritual preparado para viver no novo mundo descrito pelo profeta Isaías.

Isto é, somente um corpo ressurreto poderá desfrutar a vida eterna descrita no capítulo 60 de Isaías. Esse corpo celestial será adquirido por nós quando Cristo vier pela segunda vez. Nesse dia, os mortos levantarão dos seus túmulos e os vivos serão transformados num piscar de olhos. Esse será um dia maravilhoso para todo o povo de Deus. Cada servo do Senhor verá que todo o sofrimento que ele passou aqui na terra não pode se comparar em nada com a glória que estar por vir.

É por tudo isso, é por causa dessa esperança, que desde agora a igreja pode ser alegrar com a certeza da vida eterna. Quando o servo de Deus olha para o texto de Isaías 60 e
1Coríntios 15, ele se regozija profundamente, pois ele sabe que essas verdades se aplicam a ele. Ele será um daqueles que farão parte do novo mundo.



Agora, consideremos o que nos ensina a terceira leitura bíblica desta manhã. A terceira leitura foi feita em Lucas 23.39-43. Esse texto também é bastante conhecido de todos nós. Eu escolhi esse texto porque ele fala de algo que tem a ver com todos nós. Ou seja, ele mostra que, enquanto não chega a ressurreição e o mundo vindouro, nós temos o consolo que vem diretamente da boca de Jesus Cristo, mostrando qual é o destino da nossa alma quando chegar o dia da nossa morte.

Que o nosso corpo vai retornar ao pó, isso nós já sabemos. E que o nosso espírito vai a Deus, nós também já sabemos pelas palavras que encontramos no livro de Eclesiastes. Porém, aqui nesse texto, nós temos mais uma informação dessa realidade de que iremos a Deus. Jesus diz uma coisa que não se aplica somente àquele ladrão moribundo na cruz do calvário. O que Jesus disse pra ele se aplica a todos nós. Isto é, quando morrermos, nós iremos imediatamente para o paraíso, e lá estaremos na presença do nosso Senhor Jesus Cristo.

É por isso que o nosso catecismo diz que, depois desta vida, a nossa alma será levada imediatamente para Cristo, o nosso cabeça. Ou seja, como eu disse antes, nossa alma não ficará dormindo, ela não será destruída com a nossa morte, ela não irá passar um tempo de sofrimento no purgatório. Não, de modo algum. Jesus disse àquele homem, que estava sendo crucificado com ele, que ele iria para o paraíso.

Mas essa não era uma promessa especial dita à apenas aquele homem. Não. As palavras de Jesus são palavras que se aplicam a todos os seus filhos. O apóstolo Paulo sabia disso. Ele disse em sua carta aos filipenses que morrer para ele era lucro, pois com a sua morte, ele iria diretamente para a presença de Jesus Cristo (Fp 1.21-23).

É por causa dessa verdade, que nós encontramos as seguintes palavras em Apocalipse
14.13: “Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham”. Sim, a morte para os filhos de Deus é um verdadeiro descanso. Ela também é um momento de grande regozijo, pois é o momento de encontro da nossa alma com o nosso Senhor.

A nossa esperança em Cristo

Portanto, como vocês puderam perceber, as três leituras enfocaram os três grandes assuntos do Domingo 22 do catecismo. Isso nos levar a pensar mais detidamente na obra realizada pelo nosso Senhor Jesus Cristo. Ele, de fato, é a nossa única esperança. Sem Cristo, continuaríamos como gentios distantes das promessas, alheios às realidades que pertenciam ao antigo povo de Israel.

Sem Cristo, continuaríamos em nossos pecados, e teríamos que ressuscitar para enfrentarmos o tribunal de Deus, onde ouviríamos somente palavras de condenação. Sem Cristo, a nossa vida aqui na terra também não teria nenhum propósito; viveríamos, comeríamos, dormiríamos e, depois da morte, seriamos condenados ao inferno.



Mas, graças a Deus, que Cristo é real para nós. Ele é o nosso Salvador. Ele conquistou para nós a vida eterna. E, por isso, nós podemos continuar afirmando com todo o nosso coração que a nossa única esperança é Cristo.

Alguns usos práticos da doutrina

Para concluir, eu vos trago alguns usos práticos do ensinamento bíblico que foi anunciado pelo Domingo 22 do nosso catecismo:

1. Irmãos, essas doutrinas refutam inequivocamente os seguintes erros: A ideia de que a morte implica no fim da existência humana em todos os sentidos; a heresia do sono da alma; a heresia do purgatório e a heresia da reencarnação. As Sagradas Escrituras não dão nenhuma base para esses falsos ensinos.

2. Essas doutrinas nos trazem esperança diante da morte dos justos. Ou seja, nós devemos descansar diante da morte de um cristão, pois ele está bem, ele está com o Senhor Jesus Cristo. Se há tristeza dentro do nosso coração por causa da morte de um irmão na fé, então certamente essa tristeza será motivada apenas pela saudade que sentimos dele. Porém, jamais deve haver tristeza proveniente de um falso conceito de que tudo se acabou com a morte. Isso seria incredulidade. Longe de nós tal pensamento!

3. Essas doutrinas nos trazem esperança de reencontrarmos aqueles que partiram antes de nós. É verdade que não temos muitas informações de como será aquele período de espera que teremos com Cristo, após a nossa morte. Mas, uma coisa é certa: Nós estaremos juntos dos nossos irmãos que já morreram por ocasião da ressurreição dos mortos e do juízo final. Além disso, estaremos todos juntos morando no novo mundo que Deus preparou para nós.

4. Essas doutrinas revelam claramente a natureza da fé que Deus implantou em nosso coração. Irmãos, todos sabemos que a vida cristã exige de nós uma verdadeira confiança em Deus. É por meio do dom da fé que nós cremos no Deus invisível, na Sua Palavra, e na salvação por meio do Seu Filho.

Isso é uma realidade vivenciada em cada aspecto da nossa religião cristã. Assim sendo, é bastante imprescindível que existe uma fé verdadeira em nossos corações que nos faça confiar na veracidade dos três assuntos que abordamos neste sermão: O destino da nossa alma no momento da nossa morte, a ressurreição do nosso corpo e a nossa vida eterna. Essas três realidades são invisíveis para nós neste momento, mas, mesmo assim, nós cremos!

Crer nessas três realidades é uma verdadeira demonstração de fé; é uma verdadeira comprovação de que nós realmente confiamos em Deus. Para os incrédulos, tudo isso não passa de uma loucura. Pois, elas são coisas que não podem ser provadas por meio de simples observação, ou por intermédio de experimentos científicos. Nós simplesmente cremos neste livro (a Bíblia). E isso é suficiente para nós!



É confiando neste livro, crendo que ele é a Palavra do Deus, que nós abraçamos a realidade de uma esperança futura que não podemos ver, nem ouvir, e nem pegar. É por essa razão, meus irmãos, que vocês são verdadeiramente homens e mulheres de fé. Vocês foram conquistados por Deus, e por isso vocês continuam firmes no caminho apertado que conduz à vida eterna (Mt 7.14).

Irmãos, vocês não olham mais para este mundo como antes. Vocês não esperam mais nada dele. Este é um mundo velho; um mundo destinado ao fogo. Portanto, quando vier aquele pensamento de que queremos ver dias melhores em nossa nação, que queremos passar por uma verdadeira mudança de vida, então lembrem-se daquilo que está preparado no futuro para vocês. Fazendo isso, vocês se desapegarão cada vez mais das coisas desta vida.

O importante para vocês (e para mim) é o que vem pela frente. A palavra de Deus ensina que, depois desta vida, nós obteremos “a perfeita bem- aventurança que nenhum olho jamais viu, nem ouvido ouviu, nem o coração humano pode conceber. Uma bem-aventurança para se louvar a Deus eternamente”.

Amém.

Pr. Laylton Coelho
Igreja Reformada em Imbiribeira - Recife - PE (http://igrejasreformadasdobrasil.org/igrejas/pernambuco/imbiribeira)
*Catecismo de Heidelberg - Dia do Senhor 22:
http://www.heidelberg-catechism.com/pt/lords-days/22.html

domingo, 4 de dezembro de 2016

Deus, Seu Reino e Sua Justiça em Primeiro Lugar - tenhamos cuidado com os ídolos


Lemos, em Mateus 6.25-34, o ensino bíblico com respeito a excessiva preocupação dos homens com bens materiais - até necessários, em detrimento da boa ordem divina. Jesus expõe nessa narrativa, o conflito causado pela ansiedade por ter esses bens (comida e roupas), e a necessária primazia da busca, em primeiro lugar, de Deus, Seu reino e Sua justiça. Olhando atentamente as palavras de Jesus, qual a ordem correta de prioridades para nossa existência aqui nessa vida terrena; a preeminência dos bens e prazeres materiais, ou o reino de Deus e Sua justiça? O reino daqui, exposto as contingências de nossa vida passageira, ou o reino eterno de Deus, Sua justiça e vontade em primeiro lugar, esse reino glorioso que se manifestará na volta do Rei dos reis, o Salvador e Senhor Jesus Cristo?

Paul David Tripp, no seu livro [1]Perdido no Meio, nos adverte do perigo dessa inversão da boa ordem divina. No capítulo 3 – A Morte da Invencibilidade, no ponto intitulado A Grande Substituição, páginas 110 a 112, lemos:

“Como a Escritura nos ajuda a entender tanto a natureza quanto o poder das lutas da meia-idade? A resposta pode ser encontrada em uma sentença bastante simples, ainda que profunda, em Romanos 1. Essa sentença provê não somente um insight interessante sobre a motivação humana desse lado da eternidade. Romanos 1.25 diz: “eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém! ” Por causa da linguagem de adoração dessa passagem, é possível perder quão amplamente aplicável é essa ideia. Há mais sendo dito aqui do que o fato de que temos a tendência de servir a um catálogo completo de substitutos de Deus. Sim, todos nós tendemos a ter essa inércia para longe do Criador e em direção à criação, mas algo mais está sendo dito aqui. Romanos 1.25 nos alerta para o fato de que há uma propensão inata em cada ser humano de substituir o espiritual pelo físico. Nós todos fazemos isso de várias formas. A verdade é que a vida somente pode ser achada no Criador. Ainda assim, nós tentamos encontrar vida em coisas materiais, no amor de outras pessoas, na segurança, na situação física ou localização ou no prazer experimentado fisicamente ou no conforto. Idolatria, em sua forma mais simples, é quando substituo a adoração de Deus por alguma imagem física ou objeto que eu possa tocar. A razão pela qual isso é uma tentação tão grande e óbvia. O ídolo pode ser visto, tocado ou de alguma forma experimentado fisicamente. Eu posso sentar em casa bem grande, olhar ao redor e dizer, “Que vida boa eu tenho! ” Eu posso sentir os lábios de alguém que me ama tocarem a minha bochecha. Eu posso ouvir aplausos humanos ou glória na beleza de um determinado lugar, eu posso reviver o conforto físico de uma refeição maravilhosa ou o prazer físico de uma relação sexual agradável. Uma certa pessoa física, com uma voz real, pode elogiar a minha aparência ou o meu trabalho. Não é difícil entender quão tentador é substituir o espiritual pelo físico. Se o pecado nos coloca em uma trajetória para longe do Criador e em direção à criação, então, ele também nos empurra para longe do espiritual e perto do físico. Assim a aparência vai triunfar sobre o caráter. O prazer pessoal vai triunfar sobre a pureza de coração. O amor de uma pessoa vai triunfar sobre o amor de Deus. Coisas materiais vão triunfar sobre realidades espirituais. Segurança de situação e localização vão triunfar sobre segurança no Senhor. O prazer físico vai triunfar sobre a satisfação da alma. O presente vai triunfar sobre a eternidade. Essa inversão do que era para ser está em todos os lugares à nossa volta. É um dos principais perigos da vida em um mundo caído. ”





[1] Tripp, Paul David, 1950- Perdido no meio: a crise da meia-idade e a graça de Deus / Paul David Tripp ; [tradução: João Paulo Tomas de Aquino]. – São José dos Campos, SP : Fiel, 2016.

terça-feira, 22 de março de 2016

Ganhar o Pão Diário com Trabalho Honesto, Eis a Ordem de Deus


           Lucas 3.7-14

7 João dizia às multidões que saíam para serem batizadas por ele: "Raça de víboras! Quem lhes deu a ideia de fugir da ira que se aproxima? 8 Deem frutos que mostrem o arrependimento. E não comecem a dizer a si mesmos: ‘Abraão é nosso pai’. Pois eu lhes digo que destas pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão. 9 O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo". 10 "O que devemos fazer então? ", perguntavam as multidões. 11 João respondia: "Quem tem duas túnicas reparta-as com quem não tem nenhuma; e quem tem comida faça o mesmo". 12 Alguns publicanos também vieram para serem batizados. Eles perguntaram: "Mestre, o que devemos fazer? 13 "Ele respondeu: "Não cobrem nada além do que lhes foi estipulado". 14 Então alguns soldados lhe perguntaram: "E nós, o que devemos fazer? " Ele respondeu: "Não pratiquem extorsão nem acusem ninguém falsamente; contentem-se com o seu salário".   

 
Encontramos aqui no texto do Evangelho, uma mensagem e exortação do SENHOR Deus aos que exercem funções públicas. Observamos em destaque nos versículos 12 ao 14 do capítulo 3 do Evangelho de Lucas, em epigrafe, que entre os que foram atingidos em suas consciências pela pregação de João Batista e buscavam ser batizados, dois grupos, cujas funções administrativas da época podem ser comparadas ao de agentes públicos de nossos dias. Eram eles os publicanos e soldados. Tratava-se de membros do povo da Aliança, mas que exerciam funções odiadas pelos demais membro do povo judeu.
 Conforme [i]William Hendriksen, no seu Comentário do Novo Testamento, “‘os publicanos’ ou ‘Coletores de impostos’ ...” pagavam uma soma fixa de dinheiro ao governo romano pelo privilégio de cobrar uma taxa sobre exportações e importações assim como sobre qualquer mercadoria que passasse pela região.” Esses ainda podiam “subarrendar seus direitos a ‘chefes de publicanos’ (Lc 19.2) que empregavam ‘publicanos’ para fazerem as arrecadações. Estes cobravam enormes somas, o máximo possível segundo as circunstâncias. E assim os publicanos tinham a reputação de extorquidores.”  
Ainda, conforme [ii]Hendriksen, O outro grupo, os soldados, “aqueles que estavam fazendo o serviço militar” (literalmente), eram associados a atividade dos publicanos na cobrança de impostos. Eles recorriam à tortura, para forçar os escravos a acusarem seus senhores de darem declarações fraudulentas de seus bens. Fazendo assim, conseguiam extorquir dos ricos, parte do dinheiro devido aos publicanos.
Pois bem, por que aqueles homens procuraram João Batista, o que os incomodava? Novamente recorremos as explicações de William Hendriksen. Como os demais grupos que ouviram a pregação de João Batista, os publicanos e os soldados compreenderam “que a verdadeira conversão implica sempre em tristeza pelo pecado (arrependimento) e abandono da antiga forma de vida.” A eles João Batista respondeu taxativamente, que não deviam ganhar dinheiro desonestamente. Ora cobrando acima do estipulado, caso dos publicanos, ou extorquindo e acusando falsamente para auferir mais dinheiro, como faziam os soldados.
O ensino e mandado de Deus é claro para todos os cidadãos capazes de uma nação. Tanto contribuintes/eleitores, quanto os agentes públicos, sejam eles nomeados, concursados, ou os que foram conduzidos pelo voto aos diversos cargos eletivos, seja para os parlamentos (câmaras de vereadores, Assembleias Legislativas ou Congresso Nacional), ou Governos (prefeituras, governos estaduais e Presidência da República), todos devem exercer seus trabalhos honestamente.
Aos que estão sendo pegos em atos terríveis de corrupção, como vemos nas altas esferas dos governos, empresas públicas ou privadas, o caminho é o do arrependimento, submeterem-se as penas da lei, serem punidos conforme determina a Justiça, e mudarem de atitude. É como Deus ordena em Sua Palavra, conforme lemos em Efésios 4.28 “O que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom.”








[i]  Hendriksen, William, Comentário do Novo Testamento, Exposição do Evangelho de Lucas Vol. 1 © 2003, Editora Cultura Cristã. Pag. 286, 287.
[ii] _______. Exposição do Evangelho de Lucas Vol. 1 © 2003, Editora Cultura Cristã. Pag. 287.

quarta-feira, 13 de maio de 2015




1. Leitura de Comentário Bíblico na Epístola de Paulo aos Filipenses.

Capítulo 4, versículo 5: “Seja a vossa moderação notória a todos os homens. Perto está o Senhor.”


5a. Deixar que a moderação seja conhecida de todos os homens.


O cristão deve cultivar uma personalidade comunicativa e sociável. O segredo de sua felicidade não está confinado dentro dos muros de sua própria meditação e reflexão. Ele não pode ser realmente feliz sem se esforçar para ser uma bênção a outros. Por isso, Paulo continua: Vossa generosidade seja conhecida de todo mundo. Por generosidade (outras versões têm moderação, equidade) pode entender-se qualquer das seguintes virtudes: indulgência, condescendência, cordialidade, amabilidade, gentileza, compreensão carinhosa, consideração, caridade, mansidão, bondade. Todas estas qualidades estão combinadas no adjetivo-substantivo que é empregado no original. Tomadas juntas, elas revelam o real significado do termo. Não há em nossa língua uma única palavra que expresse toda a riqueza contida no vocabulário grego. A lição que Paulo ensina é que a verdadeira bem-aventurança não pode ser alcançada pela pessoa que rigorosamente insiste nos seus direitos próprios. Cristão é aquele que crê ser preferível sofrer a injustiça do que cometer a injustiça (1 Co. 6.7). Gentil compreensão é um ingrediente essencial a verdadeira felicidade. Assim, pois, tal moderação, tal indulgência, a boa vontade paciente, desde que não viole um princípio verdadeiro, deve ser mostrada a todos, e não somente aos irmãos na fé.










1. Extraído do excelente comentário da Carta de Paulo aos Filipenses de William Hendriksen, publicado pela Editora Cultura Cristã. 

terça-feira, 1 de abril de 2014

Deus Institui Pregadores Para Fazer Estabelecer Sua Vontade


“Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.” Isaías 55.11

Predica de Lutero aos pais, para que enviem os filhos à escola:

     Visto que a Palavra de Deus, quando ensinada corretamente, não pode deixar de produzir incessantemente grandes coisas e fazer milagres, também teu filho, caso se torne pregador da Palavra, realizará grandes coisas e tão somente milagres sem cessar perante Deus, como, por exemplo, ressuscitar mortos, expulsar demônios, devolver vista a cegos, recuperar a audição de surdos, purificar leprosos, curar mudos e pôr aleijados a andar. Ainda que isso não aconteça fisicamente, não deixa de acontecer espiritualmente na alma, o que é um milagre muito maior, como o atesta Cristo em João 14.12: “Quem crê em mim fará as obras que eu faço, e outras ainda maiores.” Se já o crente é capaz de fazer essas coisas em pessoas individuais, quanto mais o poderá um pregador público numa multidão? Não que o fizesse como ser humano, mas quem o faz é seu ministério instituído por Deus para isso, e a Palavra de Deus que ele ensina, pois ele é o instrumento para isso.

                                                                                                                                              *OS. 5.37 



*Martinho Lutero - Obras Selecionadas - volume 5, página 37.

domingo, 30 de março de 2014

O que você está fazendo do Domingo - Dia do Senhor, rejeitando a santa convocação do SENHOR, ou está, como legítimo filho de Deus, "entrando com intrepidez no Santo dos Santos"?













    "Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns."
                                                                                                                                    Hebreus 10.25

Jesus, confirmando a Escritura, respondeu a um fariseu que lhe perguntara sobre "qual é o grande mandamento na Lei?" dizendo: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento." Jesus ainda diz, que "Este é o grande e primeiro mandamento." Ele acrescenta que, "O segundo, semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas." 
Dentre os Dez Mandamentos da Lei de Deus, o quarto mandamento, de atender, pela graça, a santa convocação do SENHOR Deus para congregarmos no Dia do Senhor (Domingo), sintetiza nosso amor para com Deus e para com o nosso próximo. Na santa reunião dominical da congregação do Senhor Jesus Cristo, nós podemos adorar corporativamente nosso Deus, unidos com nossos amados irmãos em Cristo Jesus. Usufruímos no Domingo, na reunião da Igreja de Cristo, da doce comunhão com nosso Deus, e da comunhão fraternal dos irmãos.
Lemos em Lucas 4.16, que nosso amado Salvador e Senhor Jesus "Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler." William Hendriksen, no seu Comentário do Evangelho de Lucas, observando a singularidade da expressão "segundo seu costume", chama a atenção para o fato de, "Ainda que, mesmo com respeito a sua natureza humana, Jesus estava - quanto ao conhecimento, sabedoria, etc. - muito acima de qualquer outro que recebesse instrução na sinagoga, ele não deixa de assistir." Jesus não deixa de dar assistência a reunião da Igreja no dia de descanso, o sábado. Ele, Jesus, o Senhor do sábado (Marcos 2.28), demonstrava de forma prática Seu amor pelo próximo curando, libertando e salvando pecadores aos sábados. Também é sabido que aos sábados eram recolhidas contribuições nas sinagogas para ajuda dos necessitados do povo. Algo que teve continuidade na Igreja de Cristo, conforme está registrado em I Coríntios 6.1-4, onde lemos que o Apóstolo Paulo ordena que sejam feitas "coleta para os santos", e isso no primeiro dia da semana, no Domingo. 
     No período da Grande Reforma Protestante do Século XVI, a Igreja de Cristo produziu Confissões e Catecismos para instrução das crianças, jovens e adultos. Numa dessas Confissões, o Catecismo de Heidelberg, somos instruídos na doutrina bíblica sobre nosso dever de, com alegre gratidão, irmos a Igreja no Domingo. No Dia do Senhor 38 do Catecismo lemos o seguinte: "Pergunta 103. O que exige Deus no quarto mandamento? Resposta. Primeiro, que o ministério do evangelho e as escolas cristãs sejam mantidas e que eu, especialmente no dia de descanso, seja diligente em ir à igreja de Deus para ouvir à Palavra de Deus, participar dos sacramentos, para invocar publicamente ao Senhor, e para praticar a caridade cristã para com os necessitados. Segundo, para que em todos os dias da minha vida eu cesse as minhas más obras, deixe o Senhor operar em mim por Seu Espírito Santo, e assim começar nesta vida o descanso eterno." E hoje, nós que confessemos com nossas bocas sermos filhos e filhas de Deus, o que estamos fazendo do Dia do Senhor? Amamos de fato a Deus, de todo o coração, alma e entendimento? Entendemos o profundo sentido e significado de com "intrepidez...entrar nos Santos dos Santos, pelo sangue de Jesus" (Hebreus 10.19)? Amamos, semelhantemente, a nosso próximo como a nós mesmos, amamos nossos irmãos e irmãs na Igreja? Ou deixamos de congregar, "como é costume de alguns", como diz a Palavra de Deus em Hebreus 10.25? 
     Simon Kistemaker, no seu Comentário da Carta aos Hebreus, diz o seguinte sobre o versículo 25 do capítulo 10. "Uma das primeiras indicações de falta de amor para com Deus e para com o próximo é ficar longe dos cultos de adoração. É um desprezo da obrigação comunal de participar desses encontros e a demonstração dos sintomas de orgulho e egoísmo." E o comentarista prossegue: "Aparentemente, alguns membros da congregação dos hebreus para quem a epístola é originalmente endereçada, mostravam negligência em frequentar os cultos religiosos. Eles faziam isso deliberadamente, 'abandonando a comunhão dos santos'.” 
Onde você se posiciona diante de Deus e de Sua Palavra? Qual o costume que você vai seguir? O do bendito Salvador e Senhor Jesus Cristo, ou o daqueles hebreus citados na epístola, que estavam negligenciando a santa reunião da Congregação de Cristo?
Que o santo Deus, Todo-Poderoso, nos conceda cantar com alegria: "Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR". Salmos 122.1






segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Jesus Cristo nos adverte contra o perigo da descrença.

Texto: Hebreus 3.7-19

Amada Igreja do Senhor Jesus Cristo!

A descrença é um pecado terrível. Pois leva o ser humano a não crer em Deus. Olhe o mundo a nossa volta! O mundo é descrente. A descrença é o que leva o homem ao inferno. Por isso a Palavra de Deus nos adverte contra esse mal. Por quê? Porque é possível ouvir a pregação da Palavra e não ser verdadeiramente convertido; é possível fazer parte do rol dos membros, mas não fazer parte da Igreja de Cristo; é possível enganar a nós mesmos achando que realmente servimos a Deus da nossa maneira.
O texto da pregação nos adverte contra o pecado da descrença para não sermos lançados no inferno. E por isso nesta noite é bom olharmos para o passado, presente e o futuro. E avaliarmos à luz da Palavra de Deus como foi a nossa vida, como está a nossa vida hoje e qual a perspectiva para o futuro. E como o Senhor nos encoraja a viver para Ele.
Eu vos proclamo a Palavra de Deus no seguinte tema:

Tema: O Senhor Jesus Cristo nos Adverte Contra o Perigo da Descrença
1. Nos Fazendo Olhar Para o Passado
2. Nos Fazendo Olhar Para o Presente
3. Nos Fazendo Olhar para o Futuro

O Senhor Jesus Cristo nos Adverte Contra o Perigo da Descrença

1. Nos Fazendo Olhar Para o Passado (Hebreus 3.7-11)

Irmãos, Hebreus 4.12 diz: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”.
O texto diz que esta Palavra é VIVA! Que esta palavra é EFICAZ! Por que esta Palavra é viva e eficaz? Porque ela é a Palavra de Deus. Esta palavra que temos em nossas mãos é a Palavra de Deus. A mesma palavra que Ele disse: haja luz e houve luz! Ela não é uma palavra morta e sem poder. Ela é capaz da conceder vida a quem estar morto. Esta Palavra também é EFICAZ! É eficaz para salvar o pecador das trevas.
Pois ela é inspirada pelo Espírito Santo! Hebreus 3.7a diz: “Assim, pois, como diz o Espírito Santo”. E 2 Pedro 1.20-21 ainda diz: “sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo”. É exatamente por isso que o Espírito Santo faz uso da sua própria Palavra para advertir os ouvintes que receberam a carta aos Hebreus, e também a nós, do perigo da descrença. Ela não usa outra ferramenta, a não ser a sua própria Palavra que Ele próprio inspirou. Esta palavra que é viva e eficaz é mais cortante do que qualquer espada de dois gumes. De Gênesis a Apocalipse a Sagrada Escritura é usada para advertir pecadores. E no texto da pregação não é diferente.
Os versos 7b-11 são citados do Salmo 95. O salmista do Salmo 95 faz um resumo do êxodo do povo de Israel e mostra que os israelitas sempre mostraram descrença no Senhor na caminhada pelo deserto. Permita-me mostrar a vocês a triste história do êxodo de Israel. Eu falo triste porque realmente é uma história triste.
Irmãos, o povo de Israel estava habitando no Egito, mas lá ele vivia em escravidão; sofrendo com os maus-tratos dos egípcios; os israelitas eram forçados a trabalharem de uma maneira desumana. Porém, o Senhor se lembrou de sua promessa a Abraão e enviou Moisés para salvar o povo; Moisés fala a Faraó e Faraó endurece o coração e não deixa o povo sair. Por isso, Deus castiga o Egito com dez pragas. Que eventos maravilhosos da parte de Deus. Quem não gostaria de ver com seus próprios olhos aqueles eventos? A água do rio transformada em sangue; pedras em chamas caindo sobre todo Egito. Isso com certeza fortalecia ainda mais a confiança no SENHOR. Pois o povo de Israel está vendo com seus próprios olhos as obras maravilhosas do SENHOR. Você não ficaria?
Faraó finalmente deixa o povo sair para adorar a Deus. No êxodo ou saída do Egito do povo de Israel, Deus mesmo guiava o povo. Durante o dia com uma coluna de nuvem. Durante a noite a coluna de nuvem ficava envolvida em fogo (Exodo 13.21-22). Porém, faraó persegue os israelitas com seu exército. Qual foi a atitude do povo? Foi uma atitude de descrença no poder de Deus. Abram comigo em Êxodo 14.10-12 e prestem atenção a reação do povo. O texto diz: “E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então, os filhos de Israel clamaram ao SENHOR. Disseram a Moisés: Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito? Não é isso o que te dissemos no Egito: deixa-nos, para que sirvamos os egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no deserto”. O povo não crê no SENHOR e seu poder. O povo não crê que o SENHOR tem poder para livrá-lo do perigo. Os israelitas estão dizendo que o melhor é estar vivendo como escravos no Egito. O povo já esqueceu o que o SENHOR fez lá no Egito a alguns dias atrás; veja como o povo é descrente no SENHOR. Eles preferem continuar vivendo no Egito como escravo e adorando outros deuses.
Mas, qual foi a atitude de Moisés? Êxodo 14.13-14 diz: “Moisés, porém, respondeu ao povo: Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do SENHOR que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O SENHOR pelejará por vós, e vós vos calareis”. Como a reação de Moisés é totalmente diferente da reação do povo. As palavras de Moisés são palavras de alguém que conhece o seu Deus e sabe o Ele que fará para defendê-lo. O povo tinha que crer da mesma maneira que Moisés.
As palavras de Moisés se mostraram verdadeiras imediatamente. Pois o Anjo do Senhor que ia adiante do povo passou para atrás do povo em posição de batalha. A coluna de fogo que iluminava o povo durante a noite também passou para trás do povo bloqueando a passagem dos egípcios. Então, o Senhor de uma maneira milagrosa abriu o mar vermelho. O povo começou a passar pelo meio do Mar vermelho a pés enxutos. Os israelitas podiam olhar para os lados e verem as imensas muralhas de águas fazendo um corredor imenso. Enquanto isso o Anjo do Senhor e a coluna de fogo continuavam impedindo o avanço dos egípcios. Quando o último israelita passou pelo Mar Vermelho, e isso pode ter demorado alguns dias, o Anjo do Senhor foi para a frente dos israelitas para continuar guiando-os e a coluna de fogo voltou para cima de Israel e se transformou em uma coluna de nuvem protegendo os israelitas do calor do sol.
Os egípcios em sua incredulidade começaram novamente a perseguição aos israelitas. Então, o SENHOR dos exércitos ordena que Moisés estenda as mãos para o mar quando os egípcios estavam atravessando, e imediatamente o Mar Vermelho voltou ao seu lugar e os egípcios foram mortos. Tudo isso os israelitas viram com seus próprios olhos. Viram quão grandioso é o poder de Deus. O que você faria se estivesse lá? Com certeza era para os israelitas nunca mais duvidar do poder do seu Deus.
Porém, depois de três dias de caminhada pelo deserto o povo começa a murmurar contra o Senhor por falta de água. Deus, porém, purifica as águas amargas de Mara em águas doces.
Quinze dias depois o povo murmura contra o Senhor por falta de comida. Deus dá o maná e codornizes. Deus também ordena que no sétimo dia ninguém deveria colher o maná. Porque é o dia de descanso. Mas, muitos desobedecem e saíram para colher o maná. Em seguida Deus livra os israelitas dos amalequitas.
Irmãos, quando estamos ouvindo tudo isso, causa até indignação de nossa parte contra Israel. Pois o SENHOR fez tantos milagres e mesmo assim o povo continua a murmurar mostrando falta de confiança e fé no SENHOR Deus.
Irmãos, em seguida o Senhor dá os Dez Mandamentos ao povo e o povo respondeu fazendo um bezerro de ouro. Depois deste fato terrível, o povo instruído na lei do Senhor parte do monte Sinai.
Bem o povo partiu do monte Sinai começou a murmurar por falta de comida, rejeitando assim o maná. Dizia que era melhor estar no Egito (Nm 11). Que era melhor os peixes que eles comiam de graça; dos pepinos, dos melões, dos alhos-silvestres, das cebolas e dos alhos. E o povo ainda diz: “Agora, porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma coisa vemos senão este maná” (Nm 11.6). Então, a pergunta que vem a mente é: como viviam os israelitas no Egito? Eles não eram escravos? E por que eles preferiam ser escravos no Egito que ser livre e confiar no SENHOR?
Por causa destas rebeldias e murmurações constantes Moisés achou seu trabalho pesado de mais e diz que não quer mais ser o líder do povo. Depois Deus se irou com esta declaração de rebeldia, que mandou codornizes e em seguida lançou uma maldição sobre Israel.
Então, o povo chega a fronteira de Canaã. A terra prometida está em frente do povo e 12 espias são enviados para espiar a terra. O relato dos espias é recebido com descrença e incredulidade. O povo se rebela contra Moisés e Arão. Calebe e Josué reprovam o povo e mostram fé em Deus.
Qual a reação do Senhor? O Senhor se ira em extremo e quer matar a todos. O SENHOR não aguenta mais tanta rebeldia de um povo ingrato e incrédulo. Porém, Moisés intercede pelo povo. É isso que lemos em Números 14.17-19: “Agora, pois, rogo-te que a força do meu Senhor se engrandeça, como tens falado, dizendo: O SENHOR é longânimo e grande em misericórdia, que perdoa a iniquidade e a transgressão, ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta gerações. Perdoa, pois, a iniquidade deste povo, segundo a grandeza da tua misericórdia e como também tens perdoado a este povo desde a terra do Egito até aqui”.
Porém, Deus não inocenta o culpado – como Moisés afirmou. O SENHOR resolve poupar a vida do povo naquele momento e ao mesmo tempo decreta o castigo do povo. Número 14.20-24 diz: “Tornou-lhe o SENHOR: Segundo a tua palavra, eu lhe perdoei. Porém, tão certo como eu vivo, e como toda a terra se encherá da glória do SENHOR, nenhum dos homens que, tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e no deserto, todavia, me puseram à prova já dez vezes e não obedeceram à minha voz, nenhum deles verá a terra que, com juramento, prometi a seus pais, sim, nenhum daqueles que desprezaram a verá. Porém o meu servo Calebe, visto que nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o farei entrar a terra que espiou, e a sua descendência a possuirá”.
Irmãos, existia motivo para o povo de Israel murmurar contra o Senhor? Os atos poderosos do Senhor não mostraram que Ele era capaz de dar aquilo que o povo necessitava? Então, qual o motivo para tanta rebeldia? Só tem uma resposta: Descrença! Descrença no Senhor. Não há outra resposta para tamanha rebeldia e murmuração, a não ser descrença!
Vejam comigo Hebreus 3.7-10. O texto diz: “Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração como foi na provocação, no dia da tentação no deserto, onde os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram as minhas obras por quarenta anos. Por isso, me indignei contra essa geração e disse: Estes sempre erram no coração; eles também não conheceram os meus caminhos”. Quem endureceu o coração no deserto? Não foi Israel? E quem foi que provocou, que tentou, que pois à prova as promessas do SENHOR e durante quarenta anos todas as obras do SENHOR no deserto? Acaso não foi Israel?
Agora, prestem atenção principalmente no verso 11: “Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso”. São palavras fortíssimas que o SENHOR está dizendo. Ele está JURANDO NA SUA IRA! Ele não aguenta mais aquele povo ingrato, incrédulo e descrente. E foi exatamente isso o que aconteceu. Israel não entrou no descanso do Senhor, pelo contrário, foi rejeitado.
Irmãos, o passado de Israel é marcado pelo pecado de descrença e a descrença levou Israel para longe do Senhor e de suas promessas. Agora, o que o autor aos Hebreus quer nos ensinar com essas histórias do passado de Israel? Por que ele nos manda olhar para o passado de Israel? O que tudo isso tem a ver conosco?
Vamos olhar o verso 12 que diz: “Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo”. Irmãos, o autor aos Hebreus está escrevendo para crentes, pessoas redimidas no sangue de Jesus. E ele sabe que a descrença afasta o pecador do Deus da vida. Ele sabe que nós corremos perigo de cair na descrença e deixarmos de confiar no Senhor Jesus Cristo. Assim como aconteceu com Israel no deserto. Eles eram membros da Igreja e mesmo assim foram rejeitados pelo SENHOR. Foram rejeitados porque não deram ouvidos as palavras da vida. Eles quando ouviram as palavras do SENHOR endureceram o coração. Tornaram-se descrente e por causa da descrença foram rejeitados. Isso é um alerta para nós! Não sejamos como Israel no deserto. Não sejamos descrentes nas promessas do SENHOR. Depositemos nossas vidas nas mãos do Salvador Jesus Cristo. Então, ouçamos as palavras e as guardemos como colocar em nossos pescoços.
Então, me deixe ser um pouco mais direto: O que você faz quando HOJE ouve a voz de Deus na pregação ou através dos seus oficiais? Você endurece o coração? Você prova o Senhor? Você tenta o Senhor? Olhe para o passado de Israel e veja que por causa da descrença Israel foi rejeitado. Olhe agora para o passado de nossa Igreja no Grande Recife: Você conhece alguma pessoa que endureceu seu coração e não está mais em nosso meio? Você lembra que essa ou essas pessoas foram desobedientes em não ouvir as palavras do Senhor Jesus Cristo? E vejam como foram desobedientes. Vejam como foram rejeitadas por deixarem os caminhos do Senhor. Vejam que o Senhor Jesus Cristo fechou as portas do seu reino para elas.
Então, tenhamos cuidados para que não aconteça o mesmo com cada um de nós. Pois corremos o mesmo perigo e por isso o aviso!

Isso nos leva ao segundo ponto:

O Senhor Jesus Cristo nos Adverte Contra o Perigo da Descrença

Nos Fazendo Olhar Para o Presente (Hebreus 3.12-15)

Irmãos, o Senhor Jesus não nos faz apenas olhar para o passado da Igreja no Antigo Testamento, Israel. Mas, também nos faz olhar para o presente. Para as nossas vidas HOJE! Observe o que o Senhor Jesus Cristo está dizendo através do Espírito Santo. Observem o verso 7 e prestem atenção na palavra “HOJE”.
A citação é do Salmo 95 e o salmista já naquela época mandava Israel olhar para o passado de seus pais. Um passado triste a não ser seguido. Observe que o salmista diz que: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração...”. Agora observem os versos 12-13 de Hebreus 3, que diz: “Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado”.
Observem a palavrinha “HOJE” no verso 13. O que isso significa? Isso significa que a exortação, a advertência é para “HOJE” e não para amanhã. HOJE é o dia de olharmos para nossas vidas. HOJE é o dia avaliarmos as nossas vidas à luz da Palavra de Deus. É uma advertência urgente para nós crentes e não deve ficar sem uma resposta de nossa parte. Devemos responder com fidelidade a advertência do nosso Salvador e não ficarmos parados achando que não podemos cair em tal pecado. Ele diz no verso 12: “tende cuidado”. Ele sabe do perigo que corremos. Ele sabe mais do que cada um de nós! Observe nesse verso a palavra “irmão”. Ele fala é para a igreja; para os membros do povo de Deus – como já falei.
Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso... perverso coração de incredulidade que nos afaste do Deus vivo (v. 12). A descrença é uma realidade e não podemos fugir dela e nem fingir que não corremos perigo de cair em tal pecado. Então, o que devemos fazer para não cairmos neste pecado? O texto diz: “Exortai-vos mutuamente...”. Um ótimo remédio contra o pecado da descrença é exercer a exortação, o encorajamento dos nossos irmãos para que eles não caiam neste pecado e vamos receber com alegria a exortação quando a recebemos. Pois isso mostra o amor de Cristo. Pois estamos cuidando um do outro.
E quando devemos exortar um ao outro? O texto diz: “exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que chama hoje”. Irmãos, não exortamos os nossos irmãos apenas quando estamos na Igreja. Devemos procurar diariamente exortar os nossos irmãos. Vamos na casa dos irmãos, vamos telefonar, vamos enviar mensagem de celular, e-mail, mensagem pelo facebook e muito mais. Temos hoje uma infinidade de recursos a nossa disposição para cumprirmos o mandamento de nosso Salvador. Uma Igreja que exorta é uma Igreja sadia e forte; uma Igreja que exorta é uma Igreja que é cheia do amor de Cristo; é uma Igreja que tem o cheiro de Cristo; que tem a vida de Cristo. Então, não nos cansemos de exortar uns aos outros em amor.
Qual o propósito de exortarmos mutuamente hoje e sempre? O texto responde dizendo: “A fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado”. Irmãos, o pecado é uma mentira e não vamos deixar nossos irmãos cair nesta mentira. Devemos livrá-los deste mal e mostrá-los a verdade de Cristo. Fazemos isso para salvar a alma de nossos irmãos. Pois quem não exorta não ama! Lembrem-se disso! Quem ama exorta!
Por que devemos fazer tudo isso? Porque recebemos a maior de todas as bênçãos. Vejam o verso 14 que diz: “Porque nos temos tronado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio tivemos”. Será que existe bênção maior do que essa, de sermos participantes de Cristo? Claro que não e isso é motivo mais do que suficiente para estarmos exortando uns aos outros.
Agora, como sabemos que nos tornamos participantes de Cristo? O verso 14 responde dizendo: “se de fato, guardamos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos”. O que mostra realmente que somos participantes de Cristo é a nossa vida. A nossa vida é o fator decisivo se temos ou não um coração cheio de descrença. Por isso o verso 15 diz: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como foi na provocação”. Então, sempre receba com um coração receptivo a voz do seu Senhor e prove as bênçãos de viver como um povo que serve ao Senhor Jesus Cristo.

Vamos ao terceiro e último ponto:

O Senhor Jesus Cristo nos Adverte Contra o Perigo da Descrença
Nos Fazendo Olhar Para o futuro (16-19)

Irmãos, como Jesus Cristo nos faz olhar para o futuro? Acompanhe comigo a leitura de Hebreus 3.16-18: “Ora, quais os que, tendo ouvido, se rebelaram? Não foram, de fato, todos os que saíram do Egito por intermédio de Moisés? E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi contra os que pecaram, cujos cadáveres caíram no deserto? E contra quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão contra os que foram desobedientes?”.
Irmãos, quando vivemos em descrença não vemos futuro, ou melhor dizendo, não temos futuro! Sem Cristo não temos como ver um futuro. Sem Cristo não podemos entrar no descanso de Cristo e descansarmos de nossas lutas e pecados.
Agora veja o verso 19: “Vemos, pois, que não puderam entrar por causa da incredulidade”. Israel não pôde entrar no descanso de Cristo por causa do pecado de descrença. Por isso não puderam ver um futuro e esperar as bênçãos deste futuro. Mas, ficaram presos a esta vida temporária e estão hoje sofrendo no inferno.
O Descanso eterno deve ser o nosso alvo. E quando temos fé, quando cremos em Cristo podemos olhar um dia melhor e maravilho. Este dia é o dia da volta de Cristo para cumprir todas as suas promessas em nossa vida. Olhamos para um futuro com o nosso Deus e Pai. Onde descansaremos de todas as lutas que enfrentamos hoje e provaremos da bênção que é a presença de nosso Deus.
Amém.
Pr. Alexandrino Moura.
Recife 10-11-2013.