No
dia 16 de setembro de 2008 eu pesquisava no site Google o significado
para Nestorianismo. Encontrei uma definição num blog de um cidadão
católico romano. Só que na definição que ele dava, havia um
equivoco dele sobre a posição protestante quanto ao tema. Ele
afirmava que "o nestorianismo seja o alicerce protestante por
excelência". Então, não podendo concordar com esse equivoco
dele, escrevi o texto que segue.
"Sr.
Emanuel,
Procurando
eu na internet uma definição sobre o significado da expressão
nestorianismo, encontrei vossa definição. No entanto, encontrei
nela uma conceituação divergente com respeito a posição
protestante sobre a questão. Portanto, venho aqui afirmar, com base
em documentos históricos Protestantes, que não é correto dizer que
“o nestorianismo seja o alicerce protestante por excelência"
como o senhor afirma em vosso artigo. Se o senhor. verificar
atentamente as Confissões de Fé das igrejas protestantes
históricas, reformadas, anglicanas, presbiterianas, congregacionais,
entre outras, poderá verificar que todas elas expõem a crença e
defendem a doutrina cristã ortodoxa, fundamentada na única
autoridade que reconhecemos, cremos e proclamamos, a Palavra de Deus,
a Bíblia Sagrada.
Como cristão, membro da Igreja Reformada, adotamos símbolos confessionais históricos do cristianismo ortodoxo: as Três Formas de Unidade (das Igrejas Reformadas): A Confissão de Fé Belga, o Catecismo de Heidelberg e os Cânones de Dort, e os Três Credos Ecumênicos: O Credo Apostólico, o Credo Niceno e o Credo Atanasiano.
Quanto a expressão theotokos, sabemos que ela está historicamente relacionada a questão da divindade de Cristo. Maria foi mãe de Deus, no sentido que o Sr. expôs, reproduziu, no seu artigo: "não no sentido de que ela (Maria) seja anterior a Deus ou que seja a fonte de Deus, mas no sentido de que a Pessoa que ela carregou em seu útero era de fato o Deus Encarnado". Portanto ela, Maria, não deve ser, do ponto de vista da Palavra de Deus, ou contra a Palavra de Deus, venerada, adorada, ou coisa semelhante.
Segue abaixo algumas considerações a mais sobre o tema:
Como cristão, membro da Igreja Reformada, adotamos símbolos confessionais históricos do cristianismo ortodoxo: as Três Formas de Unidade (das Igrejas Reformadas): A Confissão de Fé Belga, o Catecismo de Heidelberg e os Cânones de Dort, e os Três Credos Ecumênicos: O Credo Apostólico, o Credo Niceno e o Credo Atanasiano.
Quanto a expressão theotokos, sabemos que ela está historicamente relacionada a questão da divindade de Cristo. Maria foi mãe de Deus, no sentido que o Sr. expôs, reproduziu, no seu artigo: "não no sentido de que ela (Maria) seja anterior a Deus ou que seja a fonte de Deus, mas no sentido de que a Pessoa que ela carregou em seu útero era de fato o Deus Encarnado". Portanto ela, Maria, não deve ser, do ponto de vista da Palavra de Deus, ou contra a Palavra de Deus, venerada, adorada, ou coisa semelhante.
Segue abaixo algumas considerações a mais sobre o tema:
Teologia
Sistemática/Charles Hodge; Tradução Valter Martins – São Paulo:
Hagnos, 2001. Páginas 782,784,785,786.
Aqui,
na Teologia Sistemática, pág. 782, Charles Hodge explica como
surgiu a controvérsia nestoriana. É-nos informado que a
controvérsia surgiu, por Nestório ter defendido um de seus
presbíteros “que negava que a Virgem Maria pudesse propriamente
ser chamada de Mãe de Deus.” Nestório teria tentado esclarecer
que havia um sentido no qual seria blasfemo designar Maria como mãe
de Deus. O problema é que Nestório foi longe demais em suas
“explicações” e “teorias”, afastando-se da Palavra de
Deus.
Com o Sínodo de Éfeso, em 431 d. C., e finalmente o Concílio geral de Constantinopla em 681 d.C., diz Charles Hodge, cessou o conflito acerca desta doutrina no sentido em que, desde então, não houve modificações posteriores da doutrina da Igreja. A decisão contra Nestório, na qual se firmou a unidade da pessoa de Cristo; a qual se fez contra Êutico, afirmando a distinção das naturezas e a tomada contra os monotelitas, declarando que a posse de uma natureza humana envolvia necessariamente a posse da vontade humana, foi recebida como verdadeira fé pela Igreja Universal: a grega, a latina e a protestante.
Nas páginas 784 a 786, Charles Hodge diz, referindo-se A Doutrina das Igrejas Reformadas: na época da Reforma, os reformadores aderiram estritamente à doutrina da Igreja Primitiva. Isso se faz evidente à luz de diversas Confissões adotadas pelos vários corpos reformados, especialmente na Segunda Confissão Helvética que...rejeita todas as antigas heresias acerca desta questão e adota a linguagem dos antigos credos.” “E assim se torna patente que os reformados rejeitaram de maneira concreta todos os erros acerca da pessoa de Cristo que haviam sido condenados na Igreja Primitiva: os erros de Ário, dos ebionitas, dos gnósticos, o aplinarianismo, o nestorianismo, o eutiquianismo e o monotelitismo.... Os reformadores ensinaram o que haviam ensinado os seis primeiros concílios gerais, e o que recebeu a Igreja Universal: nem mais, nem menos. Com isso concorda a precisa, bela e clara afirmação da Confissão de Fé de Westminster: “ O Filho de Deus, a segunda pessoa da Trindade, sendo verdadeiro e terno Deus, igual e da mesma substância com o Pai, havendo chegado a plenitude do tempo, tomou para si a natureza humana com todas as suas propriedades essenciais e com suas debilidades comuns, todavia sem pecado. Foi concebido pelo poder do Espírito Santo no ventre da Virgem Maria, da substância dela. De modo que duas naturezas completas, perfeitas e distintas, a Deidade e a humanidade, foram inseparavelmente unidas numa só pessoa, sem conversão, composição ou confusão. Esta pessoa é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, um só Cristo, o único mediador entre Deus e o homem”.
No livro A História das Doutrinas Cristãs/ Louis Berkhof, Ed. PÉS, pág. 106, encontramos: “a mais completa declaração oficial sobre a posição reformada acerca da doutrina de Cristo se acha na Segunda Confissão Helvética, preparada em 1566. Citamos algumas das mais pertinentes afirmações: “Portanto, o Filho de Deus é co-igual e consubstancial com o Pai, no que tange à sua divindade; verdadeiro Deus, e não de nome apenas, ou por adoção, ou por favor especial, mas na substância e na natureza... abominamos, pois, a blasfema doutrina de Ário, a qual foi proferida contra o Filho de Deus... Também ensinamos e cremos que o eterno Filho do eterno Deus foi feito Filho do Homem, da descendência de Abraão e de Davi; não por meio de qualquer homem, como Ebião afirmava, porém que ele foi purissimamente concebido pelo Espírito Santo e nasceu de uma virgem, Maria...Outrossim, o nosso Senhor Jesus Cristo não tinha alma sem sentidos ou sem razão, conforme apolinário ensinava; nem carne sem alma, como Eunâmio ensinava; Ele tinha alma com sua razão e carne com sentidos... Reconhecemos, pois, que existem duas naturezas em um só e mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor – a divina e a humana, e dizemos que essas duas estão de tal modo conjugadas ou unidas que não foram eliminadas, confundidas ou misturadas, mas, antes, foram unidas em uma pessoa (as propriedades de cada pessoa inatingidas e permanentes), de tal modo que adoramos um Cristo, nosso Senhor, e não dois... Portanto, assim como detestamos a heresia de Nestor, que fazia dois Cristos de um só e dissolvia a unidade da pessoa, também abominamos a loucura de Eutíquio e a dos monotelitas e monofisitas, que sobvertiam a propriedade da natureza humana. Por conseguinte, não ensinamos que a natureza divina em Cristo sofreu, ou que Cristo, de acordo com Sua natureza humana, ainda está no mundo e, assim, em toda parte. Pois nem pensamos nem ensinamos que o corpo de Cristo deixou de ser um verdadeiro corpo após sua glorificação, ou que o mesmo foi deificado, e deificado de tal maneira que se despiu das propriedades, no tocante a corpo e alma, e se tornou total natureza divina e começou a ser uma única substância.”
Por último, deixo algumas afirmações do livro, de um pastor Reformado, A Alma em Busca de Deus – satisfazendo a fome espiritual pela comunhão com Deus, de R.C. Sproul, Capítulo 6, A Alma Obediente, págs. 91 e 92: “ O MODELO DE MARIA - Por causa do papel central, e freqüentemente cultual, que Maria exerce na Teologia Católica Romana, os protestantes muitas vezes a negligenciam em suas opiniões. Contudo, Maria foi escolhida para ser a mãe de Cristo. A Teologia Protestante geralmente concorda com a doutrina aprovada nos grandes concílios ecumênicos da história da Igreja Primitiva. Isso inclui a adoção do título concedido a Maria: Theotokos, que significa “mãe de Deus”. Em última análise, o título de Maria foi concedido nem tanto para honra-la ao ponto que se honra ao Filho que ela concebeu. O fato de Maria ter sido a mãe de Deus significa simplesmente que seu filho era Deus encarnado; não que ela tinha sido a genitora da deidade de Jesus. O “Pai” de Jesus em seu nascimento foi o Espírito Santo. Todavia, o primitivo concílio asseverava que Jesus recebeu sua natureza humana de sua mãe. Ele era nascido da semente de Davi, da qual descendia Maria. Não obstante, esta criança humana era também “vere deus”, verdadeiramente Deus.”
Com o Sínodo de Éfeso, em 431 d. C., e finalmente o Concílio geral de Constantinopla em 681 d.C., diz Charles Hodge, cessou o conflito acerca desta doutrina no sentido em que, desde então, não houve modificações posteriores da doutrina da Igreja. A decisão contra Nestório, na qual se firmou a unidade da pessoa de Cristo; a qual se fez contra Êutico, afirmando a distinção das naturezas e a tomada contra os monotelitas, declarando que a posse de uma natureza humana envolvia necessariamente a posse da vontade humana, foi recebida como verdadeira fé pela Igreja Universal: a grega, a latina e a protestante.
Nas páginas 784 a 786, Charles Hodge diz, referindo-se A Doutrina das Igrejas Reformadas: na época da Reforma, os reformadores aderiram estritamente à doutrina da Igreja Primitiva. Isso se faz evidente à luz de diversas Confissões adotadas pelos vários corpos reformados, especialmente na Segunda Confissão Helvética que...rejeita todas as antigas heresias acerca desta questão e adota a linguagem dos antigos credos.” “E assim se torna patente que os reformados rejeitaram de maneira concreta todos os erros acerca da pessoa de Cristo que haviam sido condenados na Igreja Primitiva: os erros de Ário, dos ebionitas, dos gnósticos, o aplinarianismo, o nestorianismo, o eutiquianismo e o monotelitismo.... Os reformadores ensinaram o que haviam ensinado os seis primeiros concílios gerais, e o que recebeu a Igreja Universal: nem mais, nem menos. Com isso concorda a precisa, bela e clara afirmação da Confissão de Fé de Westminster: “ O Filho de Deus, a segunda pessoa da Trindade, sendo verdadeiro e terno Deus, igual e da mesma substância com o Pai, havendo chegado a plenitude do tempo, tomou para si a natureza humana com todas as suas propriedades essenciais e com suas debilidades comuns, todavia sem pecado. Foi concebido pelo poder do Espírito Santo no ventre da Virgem Maria, da substância dela. De modo que duas naturezas completas, perfeitas e distintas, a Deidade e a humanidade, foram inseparavelmente unidas numa só pessoa, sem conversão, composição ou confusão. Esta pessoa é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, um só Cristo, o único mediador entre Deus e o homem”.
No livro A História das Doutrinas Cristãs/ Louis Berkhof, Ed. PÉS, pág. 106, encontramos: “a mais completa declaração oficial sobre a posição reformada acerca da doutrina de Cristo se acha na Segunda Confissão Helvética, preparada em 1566. Citamos algumas das mais pertinentes afirmações: “Portanto, o Filho de Deus é co-igual e consubstancial com o Pai, no que tange à sua divindade; verdadeiro Deus, e não de nome apenas, ou por adoção, ou por favor especial, mas na substância e na natureza... abominamos, pois, a blasfema doutrina de Ário, a qual foi proferida contra o Filho de Deus... Também ensinamos e cremos que o eterno Filho do eterno Deus foi feito Filho do Homem, da descendência de Abraão e de Davi; não por meio de qualquer homem, como Ebião afirmava, porém que ele foi purissimamente concebido pelo Espírito Santo e nasceu de uma virgem, Maria...Outrossim, o nosso Senhor Jesus Cristo não tinha alma sem sentidos ou sem razão, conforme apolinário ensinava; nem carne sem alma, como Eunâmio ensinava; Ele tinha alma com sua razão e carne com sentidos... Reconhecemos, pois, que existem duas naturezas em um só e mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor – a divina e a humana, e dizemos que essas duas estão de tal modo conjugadas ou unidas que não foram eliminadas, confundidas ou misturadas, mas, antes, foram unidas em uma pessoa (as propriedades de cada pessoa inatingidas e permanentes), de tal modo que adoramos um Cristo, nosso Senhor, e não dois... Portanto, assim como detestamos a heresia de Nestor, que fazia dois Cristos de um só e dissolvia a unidade da pessoa, também abominamos a loucura de Eutíquio e a dos monotelitas e monofisitas, que sobvertiam a propriedade da natureza humana. Por conseguinte, não ensinamos que a natureza divina em Cristo sofreu, ou que Cristo, de acordo com Sua natureza humana, ainda está no mundo e, assim, em toda parte. Pois nem pensamos nem ensinamos que o corpo de Cristo deixou de ser um verdadeiro corpo após sua glorificação, ou que o mesmo foi deificado, e deificado de tal maneira que se despiu das propriedades, no tocante a corpo e alma, e se tornou total natureza divina e começou a ser uma única substância.”
Por último, deixo algumas afirmações do livro, de um pastor Reformado, A Alma em Busca de Deus – satisfazendo a fome espiritual pela comunhão com Deus, de R.C. Sproul, Capítulo 6, A Alma Obediente, págs. 91 e 92: “ O MODELO DE MARIA - Por causa do papel central, e freqüentemente cultual, que Maria exerce na Teologia Católica Romana, os protestantes muitas vezes a negligenciam em suas opiniões. Contudo, Maria foi escolhida para ser a mãe de Cristo. A Teologia Protestante geralmente concorda com a doutrina aprovada nos grandes concílios ecumênicos da história da Igreja Primitiva. Isso inclui a adoção do título concedido a Maria: Theotokos, que significa “mãe de Deus”. Em última análise, o título de Maria foi concedido nem tanto para honra-la ao ponto que se honra ao Filho que ela concebeu. O fato de Maria ter sido a mãe de Deus significa simplesmente que seu filho era Deus encarnado; não que ela tinha sido a genitora da deidade de Jesus. O “Pai” de Jesus em seu nascimento foi o Espírito Santo. Todavia, o primitivo concílio asseverava que Jesus recebeu sua natureza humana de sua mãe. Ele era nascido da semente de Davi, da qual descendia Maria. Não obstante, esta criança humana era também “vere deus”, verdadeiramente Deus.”
Atenciosamente,
Salomão Freitas Alves
Salomão Freitas Alves
Cristão,
membro da Igreja Reformada em Recife.
Calvino foi muito feliz ao dizer que isso foi nada mais e nada menos, que o "Delírio de Nestório".Esse ensino ataca frontalmente as duas naturezas de Cristo, e por conseguinte a nossa redenção. Pois é necessário que o mediador seja Deus e homem. Dar temos a palavra "Mãe de Deus"(Theotokos) para salvaguarda essa santa doutrina, é lamentável que posteriormente o catolicismo perverteu como sempre faz a santa doutrina como já esperado. Muito bom o texto!
ResponderExcluirCorreto Gunnar. Roma transformou a explicação correta dos antigos concílios sobre a natureza indivisível de Jesus Cristo, que deu combate a heresia e "Delírio de Nestório", em "culto a Maria". Elevou Maria a uma posição na qual ela nunca havia sido colocada na Igreja. Transformou Maria numa espécie de divindade, igualando-a em honra ao Filho de Deus, chamando-a inclusive de "corredentora".
ExcluirA afirmativa do Pr.Robert Charles Sproul sobre o termo Theotokos, é bem esclarecedora. Theotokos, ao mesmo tempo em que não nega o fato da encarnação do Verbo, nem as duas naturezas do Filho de Deus, natureza que é indivisível, também não dá a Maria uma honra que a iguale ao seu filho - Jesus. Ele, Jesus, foi o seu filho primogênito. Como diz o Pr. R. C. Sproul: "o fato de Maria ter sido a mãe de Deus significa simplesmente que seu filho era Deus encarnado; não que ela tinha sido a genitora da deidade de Jesus. O “Pai” de Jesus em seu nascimento foi o Espírito Santo. Todavia, o primitivo concílio asseverava que Jesus recebeu sua natureza humana de sua mãe. Ele era nascido da semente de Davi, da qual descendia Maria. Não obstante, esta criança humana era também “vere deus”, verdadeiramente Deus.”
Prezados amigos e irmãos reformados,
ResponderExcluirGostaria de por aqui esclarecer que o culto a Maria já estava em voga nos tempos do mais deplorado e injustiçado homem da história do Cristianismo: Nestório ou Nestor. Pretendo abrir uma linha de pesquisa a respeito da Igreja do Oriente (a Assíria, conhecida também como "Nestoriana") e obviamente falar também deste homem grandemente perseguido por expor seu pensamento contrário à idolatria que na realidade nunca havia acabado no contexto greco-romano (apesar do Cristianismo).
A análise das doutrinas fundamentais da Igreja Apostólica do Oriente é fundamental para se compreender qual realmente foi a visão de Nestório. Para Mar Babai, grande mestre desta igreja e líder em Nisibin e da Armênia no século VII definiu bem a natureza de Cristo em seu hino (Teshbohta):
"Um é o Messias, o Filho de Deus,
Adorado por todos em suas duas naturezas
Em Sua divindade [foi] gerado pelo Pai
Sem princípio, antes de toda eternidade
Em Sua humanidade, nascido de Maria
Na plenitude dos tempos, num só corpo, unido:
Nem sua divindade é da natureza da mãe,
Nem sua humanidade é da natureza do pai;
As naturezas são preservadas em seus Qnume* (substâncias), em uma pessoa.
E porque a divindade é três Qnume em uma natureza,
Do mesmo modo o filho está em duas naturezas,
sendo uma só pessoa (Partsopa).
Assim a Santa Igreja ensinou."
Portanto, e de acordo com várias fontes, o Concílio de Éfeso foi um teatro politicamente idealizado por Cirilo (que nunca deveria ser considerado "santo") que cobiçava a primazia na Igreja cristã da época e usou argumentos monofisitas para refutar a posição de Nestório e torcer suas palavras. O interessante é que o concílio endossou os argumentos monofisitas por décadas até "ver a burrada" (será que não foi intencional?) que havia feito e refutar o monofisismo no Concílio de Calcedônia, em 451.
Pretendo demonstrar que foi o culto a Maria, e não a discussão sobre a divindade e natureza de Cristo que motivaram a anatematização de Nestório e de sua "heresia", a qual geralmente é descrita por autores ocidentais em termos dos seus inimigos.
Finalizando, peço aos amados para ler as obras históricas que ainda hoje são referência: "História da Civilização - Nossa herança oriental", de Will Durant, e "Declínio e Queda do Império Romano" - vol. 2, de Edward Gibbon, os quais descrevem com bastante atenção o Concílio de Éfeso I.
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